7.2.07

Estão fuçando

Tem gente tentando fuçar no meu blog.
Em homenagem a esses curiosos, vai aí uma histórinha de Bauru:

Inaugurado no coração de São Paulo, em 1922 - o mesmo ano da Semana de Arte Moderna, realizada a alguns quarteirões de distância - , o Ponto Chic presenteou a cidade com um sanduíche antológico. Até hoje atiça o imaginário gustativo de grandes comilões. Ao longo do tempo, já se deliciaram com ele os escritores Mário e Oswald de Andrade, o compositor Adoniran Barbosa, o cantor Nélson Gonçalves, os presidentes Jânio Quadros e Fernando Henrique Cardoso, o governador Mário Covas, o jornalista Boris Casoy, o violeiro Almir Sater e toda a banda dos Titãs. O sanduíche foi inventado em 1933 e batizado de Bauru, apelido de seu idealizador, o locutor de rádio Casimiro Pinto Neto, popular na época, um dos futuros apresentadores do Repórter Esso. O sucesso se justifica. Apesar da simplicidade, o Bauru seduz porque é muito bem-feito. Além disso, combina divinamente ingredientes de qualidade. Leva rosbife pré-assado, rosado e frio; quatro tipos de queijo derretidos com água e manteiga - prato, suíço, estepe e gouda; fatias de tomate fresco e rodelas de pepino curtido em vinagre. É morder e amar. A receita permanece inalterada há setenta anos, desde o dia em que o Bauru radialista orientou o sanduicheiro Carlos na sua elaboração. A única mudança foi que o Ponto Chic acrescentou novos endereços. Três filiais se incorporaram à loja original do Largo Paissandu, no centro da cidade. A ampliação da rede multiplicou o público do Bauru. Atualmente, são elaborados mensalmente 13 000 sanduíches. Em meados do ano a casa pretende lançar o livro de memórias Ponto Chic, um Bar na História da Cidade. Mais paulistano impossível.

Nenhum comentário: