24.9.11

Brotas de Macaúbas quer resgatar sua história

via revista Forum

Enquanto se discute a eficiência da Comissão da Verdade proposta pelo governo, a cidade do interior baiano torna-se pioneira na exumação da história sobre seus mártires.

A celebração dos 40 anos da morte de Carlos Lamarca e do seu companheiro Zequinha Barreto mobilizou a população local, cidades vizinhas e contou com a presença de autoridades do cenário político brasileiro.

O evento acontece há pouco mais de 10 anos por iniciativa de Dom Luiz Flávio Cappio. Ganhou força a partir de 2009 com a participação de políticos que iniciaram uma mobilização pela mudança sócio-cultural, transformando o dia 17 de setembro em feriado municipal.

Desde então, as atividades giraram em torno de reconstituir os fatos, busca de novos depoimentos. Um convite àqueles que, por medo, jamais puderam falar do que testemunharam.

A iniciativa propõe não só o resgate, mas uma mudança no tratamento dos que lutaram contra a ditadura militar no Brasil. O secretario estadual de Cultura da Bahia, Antonio Albino Canelas Rubim, destacou que Brotas de Macaúbas, tendo acesso a outra versão da história, está estabelecendo um processo de mudança cultural, ao incluir uma nova denominação a Zequinha e Lamarca, que antes eram chamados de terroristas.

Para muitos ainda são, mas o objetivo principal é simplesmente esclarecer à população de onde veio o terror. Nilmário Miranda, ministro dos Direitos Humanos durante o governo Lula, contou como foi quando esteve frente a frente com o delegado Sérgio Paranhos Fleury, um dos mais temidos torturadores. Destacou-se nos trabalhos do Departamento de Ordem Política e Social (Dops) em São Paulo chegando à chefia do “Esquadrão da Morte”.

O Dops tinha a função de reprimir quaisquer manifestações populares e utilizava-se da tortura para arrancar informações que levassem a outros participantes. “Você sabe quem eu sou? (fazia a mesma pergunta a vários presos) fui eu quem matou o Bacuri (Eduardo Leite), fui eu quem matou o (Carlos) Marighella. Se você não contar, vai conhecer a sucursal do inferno”, relatou Nilmário.

Os militares, com a liderança do major Nilton Cerqueira e a participação do delegado Fleury, enviaram tropas para realização da Operação Pajussara. Chegaram ao povoado de Buriti Cristalino no dia 28 de agosto de 1971. Olderico Barreto, irmão de Zequinha, também compartilhou alguns de seus momentos de tortura, conheceu ali sua resistência para não abrir nenhuma informação. Perguntavam ininterruptamente onde estava o Lamarca.

O barulho dos helicópteros e a presença das metralhadoras ficaram na lembrança da população. A maioria tem medo até hoje. Quanto a Zequinha, não entendiam porque aquele rapaz de voz serena, que se juntava com amigos para tocar violão, acabou sendo caçado feito bicho.

O evento mobilizou alunos a escreverem redações. Muitos diziam nunca terem ouvido falar do assunto. Partiram para pesquisa e houve 300 inscritos no concurso de redação. Alunos do Ensino Fundamental e do Ensino Médio foram premiados. A iniciativa soma entre os instrumentos do convite ao interesse por mais detalhes da história.

A Pintada, município de Ipupiara, vizinho de Brotas, foi o local do assassinato de Lamarca e Zequinha no dia 17 de setembro de 1971. A área foi adquirida por uma cooperativa fundada por Olderico e doada para construção do Memorial dos Mártires. O trabalho foi iniciativa do bispo de Barra (BA), Luiz Flávio Cappio.

Dom Luiz utilizou recursos próprios para construção do Memorial. Ainda falta o acabamento e ele pediu publicamente ajuda dos políticos presentes durante o evento. A cada família das vítimas será requisitada a exumação dos corpos de Lamarca, Zequinha, Otoniel Barreto (irmão de Zequinha) e Luiz Antônio Santa Bárbara.

A Comissão da Verdade

Na composição do governo brasileiro existem várias pessoas que sabem exatamente como eram os chamados “anos de chumbo”. A Comissão da Verdade foi colocada em pauta, mas falta-lhe algum respaldo, pois representantes de associações de ex-presos e perseguidos políticos, de grupos de familiares de vítimas da ditadura militar e outras entidades exigem modificações no texto que foi aprovado.

Não há como ignorar o poder do conservadorismo. As contradições no processo de constituição da democracia pós-64 aparecem desde a Lei da Anistia. Quanto ao texto da Comissão, manifestantes questionam cláusulas as quais determinam que dados e informações apurados pela Comissão continuem com acesso restrito. Além disso, exigem que o relatório final apure violações e crimes cometidos. “É preciso da memória para se fazer justiça social”, disse Nilmário.

Urariano Mota: Mestre Arlindo, professor de escola pública

via VERMELHO



Nesse último 19 de setembro fez 90 anos do nascimento de Paulo Freire. Daqui do meu canto, aproveito a data para homenagear um mestre que formou homens, em lugar de ensinar conteúdos a meninos. 


Mestre Arlindo
Mestre Arlindo



O velho Arlindo, como ainda o chamamos, sem a percepção de que temos hoje a mesma idade que o velho possuía quando éramos adolescentes, o mestre Arlindo Albuquerque era um homem de estatura baixa, quase obeso, atleta dos prazeres da boa mesa, prenhe no ventre e no espírito do amor pelo conhecimento. 


De ânimo sempre alto, quase até o delírio, era como se o cotidiano para ele fosse uma continuação imediata, sem transição, dos seus ideais. Daí que ele chegasse a ser esquisito, daí que ele fosse tomado quase como um lunático, até mesmo pelo círculo mais íntimo, familiar. A sua esposa nos contava, quando aos domingos íamos à sua casa para almoçar, para comer e beber alimentos e lições, que o professor subia nos ônibus a cantar a Marselhesa, não em voz baixa, mas, esquecido de si, em voz alta, com um sorriso nos lábios, a cumprimentar, a dividir com as pessoas do povo o hino da revolução. 


Mal satisfeito do alheamento, nessa outra forma de alienação que é a de não estar estúpido como todos em volta, certa vez ele “socializou” os gomos de um pedaço de jaca com que se deliciava um menino pobre. Alertado pela mulher, apressou-se a pagar a injusta desapropriação. Com pedidos de desculpa e de permissão para comer mais.


- Que maravilha é a sua jaca, meu filho. Que cheiro, que sabor! Vamos, você me vende mais um pouco? 


Esquecido de si algumas alunas diziam que o professor às vezes se encontrava, quando ao dissertar sobre um autor fundamental, um samba, um compositor, um poema, encoberto por uma bata azul, óculos de lente espessa, o que lhe dava um ar de erudito nos trópicos, punha-se a remexer e a coçar os testículos, perdido no enlevo. 


- “Aquele aperto de mão não foi adeus. A nossa separação não convenceu…”. Notem a letra deste samba. Como é lindo. Percebam… (E os dedos iam e vinham no alumbramento.)


É sintomático como os nossos olhos veem num ser aquilo que é conforme a nossa natureza. Entre as alunas que foram atingidas pelo calor do seu espírito, o professor não é lembrado por esse livre costume, que distraído exibia em público. Juçara, de beleza morena, com seu porte de mocinha índia, se viva estivesse, dele evocaria o professor que a chamava de “pequenininha”. Conceição, Nazirdes, do Carmo, onde estiverem no Brasil, dele falarão como o mestre que as saudava a partir das leituras que em pé faziam em voz alta. “Grande, Magnífico”, ele lhes dizia. Até mesmo Solange, a perdição de sensualidade, ou mais precisamente de coxas, dele afirmará que era um mestre incorruptível, pior que Robespierre:


- Dona Solange, sente-se direito! Isto não são modos.


Nós, os meninos, dele podemos dizer que era o mestre só possível acompanhar com os nossos queixos erguidos, para melhor vê-lo. Apreendê-lo. Para não perder na sala um só momento seu, com os nossos olhos e ouvidos despertos. Por mim, posso dizer que ele me deu um conselho fundamental, que às vezes consigo cumprir: “seja mais pessoal”, ele escreveu à margem de um texto em que eu imitava o estilo precioso de José de Alencar. 


Que coisa mais feia, ele poderia dizer, de onde você copiou isso, menino?, poderia perguntar. Mas foi mais longe que um reparo, um conserto, uma censura ocasional – passou um ideal de criação: “seja pessoal”, o que significava: escreva conforme a sua experiência e índole, menino. 


A outro, ele pediu que o acompanhasse até a sala dos professores. E lá, diante do nosso colega intimado, que estava com medo de uma reprimenda, de um castigo, o mestre pediu com humildade:


- Por favor, não me faça mais perguntas difíceis. Você me pergunta coisas que vão além da minha capacidade. Eu sou apenas um professor, compreenda.


Que mentira. Ele era apenas esta coisa rara, um professor de radical honestidade. Porque ele poderia com duas ou três citações destruir qualquer impertinência, mencionar autores sobre os quais nem sonhávamos, mandar-nos de volta para o lugar de estudantes pobres em começo de formação intelectual. Ou mesmo brandir ameaças de notas em provas de perseguição, como os professores medíocres executavam e executam, aprisionavam e aprisionam o espírito de alunos mais rebeldes até hoje. Em lugar disso, ele nos escolhia como o público ideal para ouvir Jean-Jacques Rousseau. Acreditam nisso, meninos pobres em uma escola pública a ouvir o mestre em voz alta nos contar sobre o prazer de andar a pé?


“Je n’ai pas besoin de choisir des chemins tout faits, des routes commodes; je passe partout où un homme peut passer; je vois tout ce qu’un homme peut voir; et, ne dépendant que de moi-même, je jouis de toute la liberté dont un homme peut jouir”.


Depois voltava para o livro de Marcel Debrot, Le français au gymnase. Com frequência, muitas vezes repetimos um mesmo texto, pois ele nos mandava ler este gozo: “Sur la liberté de la conscience”. Eram anos de ditadura, sabíamos, e comentava-se, aos murmúrios, que o professor em 1964 fora espancado, preso, porque fizera parte da direção do Serviço Social contra o Mocambo. O texto no livro de Marcel Debrot vinha sempre a calhar, e era em estado de êxtase que o mestre nos fazia ler “Sobre a liberdade da consciência”.


- Vejam a beleza. Repitam esta frase. O título é uma coisa extraordinária – e silabava em ritmo lento “sur la liberté de la conscience”. 


E líamos, e passávamos pela Revolução Francesa: “Le peuple, que se croyait de plus em plus trahi, se porta em masse à l’Hotel des Invalides”…. Essas coisas agora retornam como uma canção, como se fossem música, ainda que do francês eu mal consiga conjugar os verbos Avoir e Être. Agora mesmo sou capaz de recordar as primeiras linhas de um texto cujo título era Ma Mère, que assim começava: “Pose tes mains fraïches sur mes tempes. Là, oui, quel repos! 


Il me semble revivre les temps…”. Eu lia essa frase e olhava para os lados, para não me flagrarem, porque envergonhado eu me encontrava diante do abalo desconcertante que me invadia. Pose tes mains fraïches sur mes tempes. Là, oui, quel repos!Esse francês a gente lembra porque uma lição mais funda vinha naquelas aulas do professor Arlindo Albuquerque. Em lugar da conjugação mecânica de verbos ele nos legava um valor permanente de humanidade. Sem trombetas, de bata azul, em um subúrbio que hoje chamam de periférico, de nome Água Fria, ninguém nunca nos falou tão bem sobre a felicidade que é a liberdade de consciência.

23.9.11

Novos medicamentos contra o câncer e o diabetes estarão disponíveis pelo SUS graças a Parceria entre Brasil e Cuba

via Portal da Saúde

Parceria representa um marco na cooperação tecnológica entre os dois países, que lideram o setor de pesquisa e tecnologia em saúde na América Latina. Cooperação envolve 58 projetos e 12 produtos de alta tecnologia para o tratamento de diferentes doenças, como câncer e diabetes
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, está em Cuba para a assinatura de acordos de cooperação bilateral que envolvem pesquisa, desenvolvimento e produção de medicamentos e outros produtos para a saúde. As parcerias envolvem 58 projetos de pesquisa e desenvolvimento, com 12 novos medicamentos relacionados, principalmente, à terapia e diagnóstico de diferentes tipos de câncer, prevenção de amputações decorrentes de diabetes, além de vacinas. Brasil e Cuba também vão firmar cooperações em pesquisa clínica na área oncológica e para a articulação das únicas plataformas de ensaios clínicos da América Latina - certificadas pela Organização Mundial da Saúde -, e que estarão disponíveis, de maneira inédita, em português e inglês. Esta iniciativa torna a região mais forte nas atividades de pesquisa voltadas  ao desenvolvimento de produtos em saúde.
 “É uma prioridade para o Brasil a ampliação dos acordos internacionais e as Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs) para transferência de tecnologia e produção nacional de novos medicamentos voltados ao tratamento de doenças prevalentes na população brasileira”, afirma o ministro Alexandre Padilha. “As PDPs têm contribuído para a redução do déficit na balança comercial, já que o Brasil importava quase que a totalidade de seus insumos. Esta estratégia se insere nas diretrizes do Plano Brasil Maior ao colocar a inovação em saúde no centro da política nacional de desenvolvimento”, acrescenta.
Além de ampliar a assistência à saúde da população dos dois países, as parcerias vão resultar no aumento das exportações na área da saúde tanto de Cuba para o Brasil, em 50 milhões de dólares por ano, como do Brasil para outros países, em duas vezes este valor.
ACORDOS -Entre os acordos prioritários, está a transferência de tecnologia de Cuba para o Brasil para a produção de um medicamento que promete reduzir em mais de 50% as amputações em diabéticos: o Heberprot-P, indicado para o tratamento da chamada “úlcera do pé diabético”. Outro destaque é a cooperação para o desenvolvimento de anticorpos monoclonais. Eles são capazes de reconhecer as células cancerígenas, poupando aqueles que estão saudáveis e resultando em efeitos menos tóxicos do que a quimioterapia tradicional.
 “Este processo de cooperação representa a entrada do Brasil e da América Latina nas tecnologias de fronteira para uma doença que hoje representa a segunda causa de morte nos dois países e que requer para o seu controle e tratamento de biotecnologias de altíssima sofisticação e cujos produtos vão ser priorizados para registro e incorporação no Brasil”, destaca o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha.
Os acordos de cooperação bilateral assinados com Cuba envolvem a atuação de diferentes órgãos de saúde do Brasil e são coordenados pelo Ministério da Saúde. Do lado brasileiro, também estão envolvidos o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Ministério da Ciência e Tecnologia, além do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e grandes empresas brasileiras do setor saúde.
Em 2006, Brasil e Cuba iniciaram parcerias de transferência de tecnologia para a produção de dois medicamentos: o Alfainterferona 2b Humana Recombinante, para o tratamento das hepatites B e C, e o Alfapoetina Humana e Recombinante, contra anemia e insuficiência renal crônica. Além disso, os países desenvolvem o Interferon Peguilado, medicamento contra as hepatites B e C, que deve entrar no mercado em 2014.
CÂNCER –Sete inovadores medicamentos oncológicos pesquisados e desenvolvidos em Cuba estão entre as prioridades para a cooperação com o Brasil, sendo esta a área de maior destaque da cooperação tecnológica entre os dois países. Os acordos prevêem prioridade para o registro deles na Anvisa e a conseqüente avaliação tecnológica deles para possível incorporação no SUS. A maioria dos medicamentos é composta por anticorpos monoclonais, que estão na fronteira da biotecnologia mundial. Os medicamentos vão tratar principalmente de tumores de origem epitelial, de pulmão, leucemia, mama e colo retal.
DIABETES –Além de ampliar a assistência aos diabéticos atendidos pelo SUS com o Heberprot-P, o acordo de cooperação para a produção deste medicamento impactará na economia brasileira ao permitir que o produto seja exportado a outros países. “Este processo constitui mais um passo decisivo para a redução da dependência tecnológica do Brasil na área e do déficit comercial que hoje ultrapassa U$S 10 bilhões”, afirma Carlos Gadelha.
A “úlcera do pé diabético”, para a qual o Heberprot-P é indicado, atinge até 10% dos diabéticos e é responsável por 70% das amputações de membros inferiores dos pacientes assistidos pelo SUS. A tecnologia para a produção deste medicamento será transferido, ao Brasil, pelo laboratório cubano CIGB, detentor da patente do produto e, por isso, restrito à população de Cuba.
O diabetes está entre as principais causas de morte entre os brasileiros, sendo responsável por mais de 57 mil óbitos por ano no país. Atualmente, a doença atinge 6,3% dos adultos e é ainda mais freqüente entre as mulheres: 7% delas são diabéticas, enquanto, nos homens, esse percentual é de 5,4%. O diagnóstico da doença se torna mais comum com o avanço da idade, alcançando mais de 20% dos brasileiros a partir dos 65 anos.
O Ministério da Saúde vem desenvolvendo diferentes ações para  reduzir o percentual de diabéticos, com o objetivo de atingir a meta estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS): reduzir em 50% as taxas de amputação. Entre as medidas, está a organização da rede básica de saúde para o diagnóstico precoce da doença, uma vez que o tratamento oportuno e os autocuidados evitam a maioria das complicações e garantem maior qualidade de vida aos pacientes. 

Presidente equatoriano é declarado "persona non grata" por prefeito de cidade dos EUA

por Iroel Sánchez via La Pupila Insomne

"Luis Posada Carriles Bienvenido a New Jersey" reza este cartel con el que recibieron en Mayo de 2011 al autor de varios actos terroristas quienes ahora rechazan la presencia del presidente de Ecuador en Union City. Foto tomada de Contrainjerencia.
El presidente ecuatoriano Rafael Correa visita por estos días la ciudad de New York, en ocasión de la Asamblea General de las Naciones Unidas. La comunidad de ciudadanos ecutorianos en la localidad de Union City, -al otro lado del Río Hudson y perteneciente al estado de New Jersey- aprovechó la presencia del mandatario latinoamericano para invitarlo a un acto en una insitución educativa de esa ciudad.
Sin embargo, el alcalde de Union City, de nombre Brian Stack, ha declarado non grata la presencia de Correa en su comunidad, alegando que este posee vínculos con líderes “cuyas ideologías promueven la violencia y la opresión”.  Un despacho de la agencia EFE, a la que Stack entregó un comunicado, atribuye su conducta a las “presiones del exilio cubano”, y el “exilio cubano” no es cualquiera en Union City. Según testificó el  oficial del FBI Omar Vega, el pasado marzo en el juicio por perjurio contra Luis Posada Carriles, fue desde Union City que se financiaron los atentados con bomba en instalaciones turísticas de La Habana en 1997 que costaran la vida al turista italiano Fabio di Celmo.
Luis Posada Carriles es reclamado en Venezuela por varios crímenes, incluyendo la voladura de un avión civil cubano en que murieron 73 personas y cumplió prisión en Panamá por intentar el asesinato del presidente cubano Fidel Castro y ha reivindicado recientemente la vía armada para derrocar el gobierno cubano.
El testimonio de Omar Vega demostró ante un jurado de la ciudad de El Paso los pagos que los colaboradores de Posada Carriles en Union City enviaron a Guatemala a un apoderado de este llamado José Álvarez. Un fax usado como prueba de la fiscalía en el proceso, y firmado por Posada con el seudónimo de “Solo”, le indicó a José Álvarez que recogiera cuatro giros por un valor de $800 cada uno, enviados desde Union City por Pedro Pérez, Abel Hernández, José y Rubén Gonzalo. Los detalles y documentos sobre el tema se recogen en la crónica que el abogado José Pertierra, representante en el juicio del gobierno venezolano -que reclama la extradición de Posada- escribiera para el sitio Cubadebate.
El dinero para los atentados salía dede Arnold Fashions, una tienda de ropa femenina en Union City, propiedad de Arnaldo Monzón Plasencia, quien fuera un importante donante a las campañas políticas del senador norteamericano Robert Menéndez, ex alcalde de Union City. El contador de Monzón -nombrado Oscar de Rojas- testificó sobre los envíos de dinero a Posada en el juicio contra este. Un informe del gobierno cubano, señala a  Monzón como autor intelectual y financista de un plan para asesinar al presidente cubano Fidel Castro y de un frustrado atentado contra el cabaret Tropicana en Cuba. Monzón falleció en el año 2000 y Menéndez asistió a su funeral y lo calificó como un amigo. Parece ser costumbre en Union City la complacencia de la alcaldía con los terroristas, el senador Menéndez, ocupando el cargo que hoy tiene el señor Stack, salió en defensa de Eduardo Arocena, condenado en EE.UU. por ser el asesino de un diplomático cubano.
“Es evidente que el presidente Correa está asociado con Fidel y Raúl Castro y Hugo Chávez, y esos vínculos con ese tipo de regímenes envía un mensaje terrible al mundo”, afirmó el alcalde Brian Stack en su comunicado, pero tal vez el lado terrible de Union City -con importante influencia en esa alcaldía- se sienta más a gusto con otro tipo de invitados.
Un reporte del sitio Contrainjerencia reseña con varias fotos el recorrido triunfal que el pasado 17 de mayo realizara Luis Posada Carriles por Union City, West New York y New York, en que el connotado terrorista celebró con varios de sus amigos su absolución en el juicio de El Paso. En las fotos, publicadas por Contrainjerencia, acompañan a Posada varios ilustres ciudadanos de Union City como Rubén Gonzalo y Abel Hernández que, según el FBI, le enviaron el dinero para los atentados con bomba de 1997 en La Habana.
El 16 de Mayo 2011, en el restaurante Marinero Grill de West New York, New Jersey: reunidos alrededor de Posada, Abel Hernández, Aracelio González, Ángel Alfonso y Rubén Gonzalo. Foto tomada de Contrainjerencia
Contrainjerencia señala la presencia del senador Robert Menendez y el Representante Albio Sires, en el restaurante Marinero Grill de West New York, “en el curso de una asamblea de connotados terroristas de la “región Norte” y de cabecillas de la mafia cubanoamericana de Miami, convocada para celebrar el indulto del terrorista internacional” Posada Carriles. ¿Serán estos personajes los autores de las “presiones del exilo cubano” para que se declarara persona non grata al presidente Correa en Union City?
Con total desparpajo Posada Carriles se retarató, en su recorrido triunfal desde Union City, junto a sus amigos frente a la misión diplomática de Cuba en la ONU. Foto tomada de Contrainjerencia
¿Cuántas personas tendría que asesinar Rafael Correa para ser aceptado en Union City por individuos como Hernández y Gonzalo? ¿Los ecuatorianos que residen en Union City, sin el poder económico y político que tienen los personajes vinculados al terrorismo en esa ciudad, no pueden recibir a su presidente porque este mantiene relaciones amistosas con el gobierno que esos individuos pretenden derrocar violentamente?
La obsesión del lobby anticubano en el Congreso de EE.UU. -del que Siles y Menéndez son connotados miembros- contra el ALBA y por dañar las relaciones del gobierno de Barack Obama con las naciones que lo integran pudo haber derivado en algo más que una declaración de persona non grata. Pagar y ejecutar actos terroristas en instituciones educativas es algo a que los extremistas de Union City les gusta hacer, ya lo intentaron con Posada Carriles en el Paraninfo de la Universidad de Panamá en el año 2000, en ocasión de una visita del presidente cubano Fidel Castro para participar en la X cumbre Iberoamericana.

El bloqueo de Estados Unidos contra Cuba continúa intacto

via La Guantanamera
El 25 de octubre, por vigésima ocasión Cuba presentará ante la ONU el informe: “Necesidad de poner fin al bloqueo económico, comercial y financiero impuesto por los Estados Unidos de América contra Cuba”. Y esta es oportunidad para mostrar nuevamente a la comunidad internacional, la invalidez del gobierno norteamericano de sustentar leyes tan absurdas como ésta.

El bloqueo persiste, se intensifica y junto la guerra psicológica y propagandística, constituyen instrumentos permanentes de una política que infringe los derechos y la autoridad no solo de la Isla, sino de terceros países. La realidad es que el bloqueo de Estados Unidos contra Cuba continúa intacto. 

La condena contra el bloqueo genocida contra nuestro país por casi cinco décadas es totalmente conmovedora. La cifra de los daños que esta cruel política nos ha dejado supera los más de 975 mil millones de dólares, por tanto, es una violación masiva de los derechos del pueblo cubano y a las normas del Derecho Internacional.

El bloqueo constituye, de hecho, un acto de genocidio, un acto de guerra económica. Por lo tanto, hay que levantarlo de inmediato y alzar nuestras voces al mundo para denunciar esta práctica de guerra, así como la injusticia contra los Cinco Héroes Cubanos, quienes llevan trece años de injusto encierro en cárceles norteamericanas. Estoy segura que esta será otra contundente victoria de Cuba y de la comunidad internacional, ante la prepotencia norteamericana.

Cuba y Brasil impulsarán cooperación en salud y biotecnología

via Correo del Orinoco

El protocolo de cooperación permitirá la producción y distribución en Brasil de medicamentos biotecnológicos cubanos

Luego de la firma de nuevos acuerdos la noche del jueves, Cuba y Brasil acordaron impulsar la cooperación bilateral en el área de la salud, con prioridad en el sector biotecnológico.

Los ministros de Salud de ambas naciones, el cubano, Roberto Morales, y su homólogo de Brasil, Alexandre Padilha, firmaron un protocolo de cooperación que permitirá la producción y distribución en Brasil de medicamentos biotecnológicos cubanos.

Por su parte, el ministro de Salud brasileño manifestó el compromiso de su país no sólo con Cuba, sino también con toda América Latina y el papel que han desempeñado ambos pueblos en beneficio de la salud global, para lo cual refirió las posibilidades que brindará este nuevo convenio para el desarrollo conjunto de productos biotecnológicos.

El funcionario calificó de muy positivo lo observado en materia de innovación tecnológica y destacó la voluntad de la delegación brasileña para estudiar las experiencias y estrategias cubanas.

Igualmente, recordó que hace dos días la Asamblea General de la Organización de las Naciones Unidas (ONU) resolvió tratar por tercera vez en su historia el tema sanitario a nivel de jefes de Estado y Gobierno como una prioridad, sobre todo en el campo de las enfermedades crónicas no transmisibles.

Padilha señaló que el Gobierno de su país se plantea una agenda muy positiva en relación con la innovación tecnológica y la cooperación con otros países.

El ministro de Salud brasileño visitará este viernes la Escuela Latinoamericana de Medicina (ELAM) de La Habana, ocasión que prevé aprovechar para dar pasos concretos que permitan a los estudiantes del país contribuir más con la salud de sus compatriotas.

Chineses decidem suspender investimento em fábrica de automóveis no Brasil

via Correio do Brasil

montadora
A Jac Motors desistiu de construir uma montadora de automóveis no Brasil
A marca chinesa de veículos JAC Motors decidiu suspender os planos de instalação de fábrica no Brasil enquanto o governo não rever a medida que elevou por um ano o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Segundo a assessoria de imprensa da companhia, o empresário brasileiro Sergio Habib, responsável pela JAC no Brasil, decidiu suspender a instalação da fábrica de R$ 900 milhões enquanto não conseguir um entendimento com o governo para a revisão da medida imposta para frear a importação de veículos.
Após reunião com entidade que representa importadores, Abeiva, e o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, na tarde de quinta-feira, Habib afirmou que tem confiança de que vai conseguir um acordo com o governo. Por isso, a JAC segue com o plano de pelo menos escolher o local de sua fábrica no Brasil até o final do ano, informou a assessoria da montadora. O anúncio do empresário ocorreu depois que a também chinesa Chery, que está construindo uma fábrica em São Paulo, obteve liminar que prorroga para dezembro a cobrança da alta de 30 pontos percentuais do IPI imposta pelo governo na semana passada .

“Para se enquadrar na legislação e não ter IPI maior, tem que ter conteúdo local de 65 por cento. Qualquer fábrica do mundo não consegue atingir isso no primeiro ano, tem que desenvolver fornecedores”, informou a assessoria de imprensa da JAC, citando Habib.

A JAC anunciou em agosto que começaria a construir uma fábrica com capacidade para 100 mil veículos no Brasil em 2012, com expectativa de conclusão em 2014.

“Não faz sentido investir R$ 900 milhões e assim que começar a fabricar nossos carros, continuarmos pagando IPI equivalente a de carro importado porque não atingimos os 65% (de nacionalização)”, afirmou a assessoria. “Se for para fazer todo este esforço e pagar o mesmo IPI que pagamos hoje, preferimos continuar importando”, acrescentou.

Novo mercado

Na outra ponta da cadeia produtiva, o McLaren Group, que gerencia a escuderia de Fórmula 1 e recentemente entrou no mercado de carros esportivos de luxo, informou nesta sexta-feira que planeja realizar uma oferta pública inicial de ações (IPO, em inglês) no prazo de cinco anos e que considera todos os mercados para isso, inclusive Cingapura. O presidente-executivo da empresa, Ron Dennis, disse a jornalistas que a companhia está no caminho para mais que dobrar a produção, para 4 mil veículos anuais, buscando atender a demanda por automóveis de luxo, principalmente na Ásia.
– Em cinco anos, vamos analisar todos os mercados – disse Dennis, em visita para lançar um modelo no país e acompanhar o Grande de Prêmio de Cingapura.

No início desta ano, a McLaren lançou o esportivo MP4-12C, que tem dois lugares e compete com os modelos 458 Italia (Ferrari) e Gallardo (Lamborghini), e custa cerca de 168,5 mil libras no Reino Unido (US$ 260 mil).