14.4.12

Pepe Escobar: Rendam-se hoje, ou serão bombardeados amanhã

via diário liberdade

Estados Unidos - Vermelho - Antes de bombardear e invadir o Iraque, o ex-presidente dos EUA George W Bush enviou um ultimato a Saddam Hussein.

Nove anos depois, o presidente dos EUA Barack Obama enviou um ultimato à liderança em Teerã, antes de... decidir sobre condições ótimas para um exercício de “todas as opções permanecem sobre a mesa”. 
Obama fez uma oferta a Teerã, para “negociar” seu programa nuclear – antes das muito adiadas conversações dos “Irã-6” (P5+1, os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU [EUA, Reino Unido, China, Rússia e França] plus Alemanha) com o Irã, marcadas para o sábado, em Istanbul. 


Para início de conversa, não é “oferta”: é uma lista de exigências, apresentadas já antes do início de qualquer negociação. E as tais concessões “de curto prazo” vêm em embalagem – nos termos da retórica do próprio presidente – de a “última chance” (para o Irã). 
Nos tempos modernos, chamava-se a isso “ultimato”. Na era pós-tudo, passa por “diplomacia internacional”. 


Obama quer que Teerã feche e, de fato, destrua, a usina de enriquecimento em Fordow, construída sob uma montanha, nas cercanias da cidade sagrada de Qom; quer que Teerã renuncie definitivamente e “entregue” todo seu estoque de urânio enriquecido a 20%; que pare qualquer tipo de enriquecimento, mesmo o inofensivo urânio enriquecido a 5% (o que implica o Irã renunciar integralmente a todo o seu programa nuclear civil, ao qual o Irã tem pleno direito, nos termos do Tratado de Não Proliferação Nuclear); que dê à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) acesso pleno a todas as instalações nucleares iranianas (o que o Irã já fez); e que o Irã permita que os inspetores da AIEA falem com todos os principais cientistas nucleares iranianos (o que nunca será possível, porque vários deles foram assassinados pelo Mossad, de Israel). 
Assim sendo, bem-vindos à escola “caia e morra” de diplomacia – aperfeiçoada pelo governo Obama, com o impulso decisivamente importante que recebe do lobby pró-Israel em Washington. É o caminho que leva direto ao inferno, ao som de “Bombas, Bombas, sobre o Irã”[1]. 


Mais uma guerra para o 1%


Não surpreende que os proverbiais “funcionários de Israel” estejam adorando que o Irã – em fala do primeiro-ministro – já tenha rejeitado todas essas exigências, consideradas “irracionais”; Telavive avaliou que a resposta dos iranianos é “boa”. 


“Boa resposta” significa que a lista de exigências e a correspondente resposta dos iranianos já mostra que as conversações fracassarão inevitavelmente – e esse fracasso é indispensável para o bom andamento da estratégia de Israel. Adiante, Obama pode usar (e usará) o fracasso das negociações como desculpa perfeita para aplicar sanções ainda mais duras – e sabe-se lá o que mais aplicará. 


O aparelho oficial israelense já trabalha há meses, para operar completa lavagem cerebral na opinião pública israelense, norte-americana e europeia, a favor de guerra contra o Irã por todos os meios necessários. Para tanto, se serviram de todos os recursos imagináveis, de uma “ameaça existencial” que é puro nonsense, à iminência de um “segundo Holocausto”. 


Agora, a discussão sobre Fordow está ligada a mais uma ideia turva inventada e distribuída por Israel – a chamada “esfera de imunidade”. Telavive insiste que Fordow permitirá que Teerã proteja os elementos mais sensíveis de seu programa nuclear dentro, literalmente, de uma montanha – inalcançável até pelas poderosas bombas arromba-bunker Guided Bomb Unit 28, GBU-28 (as quais, vale lembrar, foram vendidas a Israel por autorização de Obama). 


Tudo isso é absoluto nonsense. Telavive inventou essa “esfera de imunidade” como cortina de fumaça, depois de já haver atividade nuclear para finalidades civis, sob supervisão da AIEA, em Fordow. 
Contudo, mais uma vez, o rabo sacode o cachorro: Washington continua controlada por Telavive, por controle remoto. 


Pesquisas mostraram que uma maioria de israelenses – em fabulosa mostra de... altruísmo? – só desejam guerra ao Irã, se o Grande Irmão Norte-americano tomar a frente (para sofrer as consequências mais terríveis). E pouco importa que a nebula da inteligência de Israel esteja, ela própria, dividida. 


O contexto é chave. Os 500 israelenses mais ricos valem, arredondados, $75 bilhões. Isso, num país em que o PIB é de apenas $205 bilhões. 
As 20 famílias israelenses mais ricas controlam praticamente metade do mercado de ações. A riqueza dessas 20 famílias somadas alcança total 25% superior ao orçamento israelense para 2011. Adivinhem quem são: os principais apoiadores da coalizão dos partidos Likud e Ysrael Beitenu que está no poder, com o primeiro-ministro Benjamin “Bibi” Netanyahu no comando (o partido Ysrael Beitenu, “Israel Nosso Lar”, é comandado pelo ex-leão-de-chácara na Moldávia, convertido em ministro de Negócios Estrangeiros, Avigdor Lieberman). 


São, pois, os 1% em Israel, que querem guerra ao Irã – tanto quanto umas poucas garfadas do crème de la crème do 1% nos EUA. 
A ideia que se esconde por trás dessa sinistra “negociação” nuclear é vender à opinião pública nos EUA – e em todo o mundo – a noção de que o Irã, mais uma vez estaria fugindo de qualquer conversa; que tem muito a esconder; e que, em resumo, não merece confiança alguma para nenhum tipo de negociação “séria”. 


A imprensa-empresa nos EUA já descartou preventivamente as negociações, com os mísseis retóricos de sempre – para delícia dos doidos-por-guerra, das poltronas do Congresso dos EUA e de vastos setores do complexo industrial-militar. A multidão do “Bombardear o Irã já” fará o possível e o impossível para fundir, num só alarido, a “última chance” de Obama e os estrondosos, ensurdecedores, tambores de guerra.


[1] “Bomb Iran” (ou “Bomb, Bomb, Bomb, Bomb, Bomb Iran”) dá título a várias paródias da canção “Barbara Ann”, tornada famosa pelos The Beach Boys (emhttp://letras.terra.com.br/beach-boys/3438/). A mais conhecida daquelas paródias foi gravada por Vince Vance & The Valiants em 1980; a paródia voltou a ganhar notoriedade em 2007, na campanha presidencial de John McCain, que se ouve, cantando, em http://www.youtube.com/watch?v=o-zoPgv_nYg [NTs]. 
*Pepe Escobar é correspondente itinerante no Asia Times online.

Cumbre de los Pueblos rechaza a injerencia de EE.UU. en América Latina









ANDES – El manifiesto final, que redactan los delegados de las organizaciones sociales que participan desde el jueves en la Cumbre de los Pueblos, incluirá el rechazo de estos colectivos a la injerencia de Estados Unidos en América Latina.

Los delegados de las organizaciones de 16 países del continente alistaban la tarde de este viernes la redacción final del documento que será entregado a los jefes de Estado que instalarán, el sábado, la VI Cumbre de las Américas.

“Estados Unidos sigue imponiendo su voluntad y definiendo quién asiste o no, que tema se toca o no se toca (en la Cumbre de las Américas); abusando de su influencia y de su fuerza, en una posición anacrónica que ya no corresponde a la realidad del continente”, manifestó a la Agencia Andes, Enrique Daza, secretario de la Alianza Social Continental.

Otros puntos que contendrá el manifiesto será una crítica al modelo de desarrollo neoliberal, rechazo a la militarización de la región, exigir que se fortalezca la integración alternativa.

Daza no comparte el calificativo de “anticumbre” que se le ha dado al encuentro. “Dentro de la Cumbre oficial hay diversas posiciones, no podemos considerarla como un todo. No estamos en una posición anti Cumbre, sino en una posición alternativa, paralela o simultanea”, expuso.

Agregó que aunque, lógicamente, tienen su propio enfoque sobre la solución de los problemas, no están contra la Cumbre de las Américas.

Dentro de las mesas temáticas, este viernes se continuó debatiendo temas como la violencia de género, los Tratados de Libre Comercio, modelos alternativos d desarrollo, mecanismos de integración, entre otros.

Sandra Pérez Arias, de la Red de Mujeres Afro Caribe, criticó que los presidentes “se interesen nda más por la realidad económica ‘de ellos’, pero no en la comunidad en sí; de qué es lo que necesita el pueblo (…) ellos están viendo dónde van a hacer buenos negocios y no en acabar con la problemática de la pobreza que tenemos los países latinoamericanos”.

Sandra Marrugo, de la Organización de Mujeres del Atlántico y del Caribe, explicó que la importancia de esta Cumbre –a la que sus organizadores califican de alternativa- permite exponer las necesidades y derechos de los pueblos con miras a mejorar su calidad de vida.

“Esta Cumbre hace un llamado a los grandes gobernantes para que en su agenda nos tengan en cuenta a las mujeres, nuestros derechos, para hacer incidencia política en la región”, subrayó.

La Cumbre, cuyo lema es “la Verdadera Voz de Los Pueblos”, cerrará sus jornadas de debates este sábado con una movilización que culminará en la zona de Chambacú, cerca de dos kilómetros del sitio donde se instalará –a esa misma hora- la Cumbre de mandatarios.

De acuerdo a los organizadores, en la marcha participarán más de diez mil personas y al término de la misma se realizará un acto cultural, con lo que concluirá el evento.

Fidel: “La Cumbre de las guayaberas”

por Fidel Castro Ruz via La pupila insomne

El presidente de Estados Unidos, Barack Obama, es recibido con honores militares a su llegada al aeropuerto Rafael Núñez de Cartagena (Colombia). EFE
Obama, el primer Presidente negro de Estados Unidos -sin dudas inteligente, bien instruido y buen comunicador-, hizo pensar a no poca gente que era un émulo de Abraham Lincoln y Martin Luther King.
Hace cinco siglos una Bula Papal, aplicando conceptos de la época, asignó alrededor de 40 millones de kilómetros cuadrados de tierra, aguas interiores y costas a dos pequeños y belicosos reinos de la península Ibérica.
Ingleses, franceses, holandeses y otros importantes Estados feudales fueron excluidos del reparto. Interminables guerras no tardaron en desatarse, millones de africanos fueron convertidos en esclavos a lo largo de cuatro siglos y las culturas autóctonas, algunas de ellas más avanzadas que las de la propia Europa, fueron deshechas.
Hace 64 años fue creada la repudiable OEA. No es posible pasar por alto el grotesco papel de esa institución. Un elevado número de personas, que tal vez sumen cientos de miles, fueron secuestradas, torturadas y desaparecidas como consecuencia de sus acuerdos para justificar el golpe contra las reformas de Jacobo Árbenz, organizado por la Agencia Central de Inteligencia yanki. Centroamérica y el Caribe, incluida la pequeña isla de Granada, fue víctima de la furia intervencionista de Estados Unidos a través de la OEA.
Más grave todavía fue su nefasto papel en el ámbito de Suramérica.
El neoliberalismo, como doctrina oficial del imperialismo, cobró inusitada fuerza en la década del 70 cuando el Gobierno de Richard Nixon decidió frustrar el triunfo electoral deSalvador Allende en Chile. Una etapa verdaderamente siniestra en la historia de América Latina se iniciaba. Dos altos jefes de las Fuerzas Armadas chilenas, leales a la Constitución, fueron asesinados y Augusto Pinochet impuesto en la jefatura del Estado, tras una represión sin precedentes en la que numerosas personas seleccionadas fueron torturadas, asesinadas y desaparecidas.
La Constitución de Uruguay, un país que se había mantenido durante muchos años en el marco de la institucionalidad, fue barrida.
Los golpes militares y la represión se extendieron a casi todos los países vecinos. La línea de transporte aéreo cubana fue objeto de brutales sabotajes. Un avión fue destruido en pleno vuelo con todos sus pasajeros. Reagan liberó al autor más importante del monstruoso crimen de una prisión en Venezuela, y lo envió a El Salvador a organizar el intercambio de drogas por dinero para la guerra sucia contra Nicaragua, que costó decenas de miles de muertos y mutilados.
Bush padre y Bush hijo, protegieron y exoneraron de culpa a los implicados en estos crímenes. Sería interminable la lista de fechorías y actos terroristas cometidos contra las actividades económicas de Cuba a lo largo de medio siglo.
Hoy, viernes 13, escuché valientes palabras pronunciadas por varios de los oradores que intervinieron en la reunión de cancilleres de la llamada Cumbre de Cartagena. El tema de los derechos soberanos de Argentina sobre las Malvinas -cuya economía es brutalmente golpeada al privarla de los valiosos recursos energéticos y marítimos de esas islas-, fue abordado con firmeza. El canciller venezolano Nicolás Maduro, al finalizar la reunión de hoy, declaró con profunda ironía que “del Consenso de Washington se pasó al Consenso sin Washington”.
Ahora tenemos la Cumbre de las guayaberas. El río Yayabo y su nombre indio, totalmente reivindicado, pasarán a la historia.

12.4.12

Eleições na França: Uma interessante análise sobre as propostas de cada candidato para a economia

via basta!

PAR IVAN DU ROYMARC ENDEWELD (12 AVRIL 2012)
Quelle sera la marge de manœuvre du futur président ou de la prochaine présidente face à la puissance de la finance ? Doit-on limiter ou carrément interdire les « produits financiers dérivés » qui permettent de spéculer sur tout et n’importe quoi ? Nationaliser le secteur bancaire est-il utile ? Faut-il séparer les activités de dépôts pour protéger les épargnants des investissements risqués ? Basta ! a passé au crible les propositions des candidats sur le sujet et vous propose un comparatif inédit.


Première question, centrale : faut-il davantage réguler la finance ? Si, à gauche et au centre, plus de régulation s’impose, à l’UMP, on juge le niveau de contrôle actuel relativement satisfaisant [1]. En dehors de la promesse d’une « taxe Tobin » (seulement) en France, le candidat Nicolas Sarkozy ne dit rien, ou presque. À Toulon le 1er décembre dernier, il déclare ainsi le plus sérieusement du monde : « Nous sommes aujourd’hui confrontés à une crise des finances publiques plus qu’à une crise du secteur financier. » Bref, la faute aux États, pas à l’absurdité du système financier. Le Président de la République a la mémoire courte : quid des 4 000 milliards de dollars déboursés en trois ans par les États européens ou les États-Unis, pour sauver les banques de leurs imprudences. Une aide qui grève lourdement les dépenses publiques. L’UMP considère qu’« en France et en Europe, les régulateurs publics sont particulièrement puissants et efficaces ». Pour l’actuelle majorité, en dehors de quelques affaires médiatisées, « l’impartialité des régulateurs, en particulier en France, n’a jamais été remise en cause »

Circulez, il n’y a rien à voir…

Nicolas Sarkozy est le seul à tenir cette position. Le leader centriste, François Bayrou, déplore que « le contrôle public du système financier [ne soit] pas suffisant ». Un constat partagé par la candidate écologiste Eva Joly, qui regrette que « le lobby bancaire arrive à limiter les quelques tentatives de réglementation », et que les régulateurs soient « trop souvent capturés par l’industrie financière ».

Revenir sur trente ans de dérégulation

Sur le sujet, François Hollande est à la fois offensif et mesuré : « La crise financière est une crise de l’absence de contrôle de la sphère financière par le secteur public », constate-t-il. Pour le candidat social-démocrate, la situation actuelle résulte de « la dérégulation des trente dernières années »« La crise que nous connaissons trouve sa source dans le consensus de Washington sur "le moins d’État", porté par les gouvernements conservateurs de Reagan, de Thatcher et, en France, du gouvernement Chirac de la première cohabitation. »

François Hollande a lui aussi l’amnésie facile. Il semble oublier que les gouvernements socialistes successifs, sous Mitterrand jusqu’à Lionel Jospin, y ont allègrement participé. Le démocrate Bill Clinton aux États-Unis dérégule à tout-va Wall Street. Romano Prodi, en Italie, assouplit les règles de fonctionnement des marchés. Au Royaume-Uni, le ministre des Finances du travailliste Tony Blair, Gordon Brown, retire à la Banque d’Angleterre la supervision bancaire. En France, le ministre socialiste de l’Économie Pierre Bérégovoy supprime le contrôle des changes pour les entreprises et encourage les stock-options... « La droite définit le cadre idéologique du libéralisme, mais c’est souvent la gauche au pouvoir qui l’applique », résume le journaliste duMonde Marc Roche [2]. « L’économie de l’ombre est en partie le produit de ce "complexe libéral" de la social-démocratie des années 1980-1990. » Vingt ans plus tard, les sociaux-démocrates ont-ils tiré le bilan de ces années de dérégulation ?

Pour le Front de gauche, « l’urgence est de gouverner contre les banques et de mettre au pas la finance. Il faut stopper la spéculation », menace Jean-Luc Mélenchon. Il propose que la Banque centrale européenne puisse prêter, à un taux faible, directement aux États. Les règles de la zone euro interdisent en effet à la BCE de se substituer aux marchés pour acheter de la dette publique, comme c’est le cas au Royaume-Uni ou aux États-Unis. Il évoque aussi « un emprunt forcé auprès des banques françaises ». L’ancien sénateur socialiste rappelle que « la seule régulation légitime est la régulation politique décidée par les peuples ». Pour lui, l’État doit mettre fin à la libre circulation des capitaux, taxer les transactions financières, et stopper la cotation en continu des entreprises.

Nationaliser ou non le secteur bancaire ?
La nationalisation partielle ou totale du secteur bancaire apparaît comme le moyen le pus sûr pour certains de reprendre le contrôle d’une finance devenue folle et contre-productive. Pour le parti du président de la République, c’est loin d’être la solution. Pas question de revenir sur la privatisation du secteur :« Nationaliser totalement le secteur financier » serait « totalement inapproprié à la réalité économique qui est aujourd’hui la nôtre ». À davantage de contrôle public, l’UMP préfère « soutenir ponctuellement le système bancaire en cas de crise », une solution considérée comme « moins coûteuse pour les finances publiques »« Dans l’hypothèse d’une nationalisation totale du système, c’est la collectivité qui aurait à apporter les capitaux nécessaires pour assurer le financement de l’économie », argumente-t-on. Côté souverainiste, Nicolas Dupont-Aignan envisage cependant « que l’État entre dans le capital des banques françaises en contrepartie des aides financières versées ».
François Bayrou se veut lui aussi plus nuancé qu’à l’UMP : « Ce n’est pas la vocation de l’État de tenir des banques de détail. Mais il peut être très intéressant de voir la puissance publique, nationale et régionale, construire un outil nouveau de financement des entreprises. » Pour encadrer le système financier et bancaire, Eva Joly ne croit pas qu’une nationalisation des banques« soit la solution »« Le Crédit lyonnais a montré qu’une banque publique pouvait aussi faire n’importe quoi », rappelle l’ancienne magistrate. Si « la finance est un bien public », la candidate écolo n’est pas convaincue que le système bancaire doive être directement placé sous le contrôle de l’État :« L’histoire nous montre que les règles comptent plus que la propriété. »

Eva Joly propose plutôt que ces règles soient « beaucoup plus strictes qu’aujourd’hui ». Son arme de dissuasion : la licence bancaire. « L’État dispose d’une arme massive qu’il n’utilise pas : l’octroi de la licence bancaire. Il suffirait que la France vote le fait qu’une banque ne peut pas opérer en France si elle a des filiales dans les paradis fiscaux, par exemple, pour qu’immédiatement les banques françaises soient obligées de se retirer de ces territoires. Cela aurait valeur d’exemple dans le monde entier et changerait la donne. »

Du contrôle public à l’expropriation des actionnaires

Si François Hollande considère que « le crédit est un bien public vital à une économie », le leader socialiste ne souhaite pas procéder à des nationalisations : « Par contrôle, je n’entends pas nationalisation ou dirigisme. Ne soyons pas manichéens !, lance-t-il. il faut trouver un compromis institutionnel entre le laissez-faire et le tout-étatique, dont on sait qu’en l’espèce il ne peut fonctionner. Cela passe à mon sens par des propositions fortes en termes d’encadrement des banques : séparation des activités, interdiction des pratiques spéculatives pour compte propre, contreparties obligatoires en cas d’aide publique à une entité bancaire. »
Jean-Luc Mélenchon ne prône pas non plus une nationalisation totale. Il est en fait favorable à un système mixte comprenant des banques privées strictement encadrées, des banques coopératives « qui auraient renoué avec leurs principes fondateurs » et un pôle public important. Ce « pôle financier public permettrait de réorienter le crédit au service de l’emploi et de la reconversion écologique de la production. »

À l’extrême droite, Marine Le Pen n’exclut pas « des nationalisations partielles et temporaires » pour « préserver l’épargne des Français et mettre fin aux abus », comme « les bonus indécents ». À l’opposé de l’échiquier politique, Nathalie Arthaud, de Lutte ouvrière (LO), milite pour l’expropriation des actionnaires des banques et des propriétaires des fonds spéculatifs, sans indemnités ni rachat.« Je me revendique du communisme », rappelle-t-elle. LO propose à la place un« établissement unique de crédit », contrôlé par « les travailleurs ». Au Nouveau Parti anticapitaliste (NPA), même programme à peu de chose près : expropriation des actionnaires des banques, mise en place d’un service public bancaire en situation de monopole. Son leader, Philippe Poutou, propose de « socialiser le système bancaire dans son ensemble ».

Encadrer ou interdire les marchés dérivés ?
Que faire des marchés financiers dérivés, lieu de toutes les spéculations, où un trader peut parier sur le cours des matières premières ? Où un investisseur peut jouer à la baisse des actions ou des obligations ? Nicolas Sarkozy se contente de rappeler que la France, en réaction à la spéculation sur la dette grecque, a procédé à l’interdiction partielle des ventes à découvert de produits dérivés (pratique qui permet de vendre des produits financiers qu’on ne possède pas et d’empocher la plus-value spéculative). Une interdiction qui n’a pas duré bien longtemps. L’Autorité des marchés financiers (AMF), dirigée par Jean-Pierre Jouyet, s’est empressée d’autoriser à nouveau les ventes à découvert en février 2012…

De son côté, François Bayrou cultive le flou : « Il faut imposer la transparence. Pour l’instant, la majorité des opérations qui concernent ces marchés demeurent souterraines », explique-t-il. Certes, mais comment ? Marine Le Pen espère« organiser leur stricte régulation au niveau international, et parfois même leur interdiction », sans davantage proposer de pistes concrètes. Jean-Luc Mélenchon se veut largement plus offensif : « Il ne faut pas seulement réguler. Il faut interdire toute une série de mécanismes spéculatifs comme les ventes à découvert ou les ventes de gré à gré (en dehors de tout contrôle, ndlr). L’Allemagne d’Angela Merkel a interdit les ventes à découvert. Qu’attend Sarkozy pour le faire en France ? Et il faut aussi interdire d’acheter des assurances sur des titres de dette quand on ne possède pas le titre de dette assuré. »

Du « principe de précaution » à l’interdiction

François Hollande pose, lui, la question de l’utilité de marchés dérivés : « Qu’une banque crée un produit pour permettre à un agriculteur de vendre à terme sa production de blé, c’est assez naturel. Que la même banque offre à un grand fabriquant la protection de son carnet de commandes contre les variations de la parité euro-dollar, là encore, rien de choquant. En revanche, quel est l’intérêt de laisser des traders spéculer sur le défaut de la Grèce par des produits dérivés complexes ? Quel est l’intérêt de voir une banque multiplier les opérations sur des dérivés de taux d’intérêt à seule fin de réaliser des profits d’arbitrage ? À part enrichir les banques, ces activités me semblent inutiles et, pire, dangereuses, car elles concentrent des risques importants. »

Le candidat socialiste souhaite donc limiter les marchés dérivés aux seules opérations concernant l’économie réelle, à la fois en interdisant « des produits financiers toxiques », et en instaurant une fiscalité sur les transactions financières. Faisant référence au « principe de précaution », il propose un contrôle « plus fort » s’exerçant « en amont de la mise en circulation des produits financiers ». Une idée partagée par Eva Joly, qui lance une proposition très concrète : mettre en place, à l’image de ce qui se fait pour les médicaments, une « autorisation de mise sur le marché » lorsque les banques souhaitent créer un produit financier.

Séparer banques de dépôt et banques d’affaires ?
La proposition de séparer banques de dépôt et banques d’affaires répond à la volonté de protéger l’argent des particuliers, placé sur des comptes épargne, d’une faillite de leur banque qui aurait tout perdu au grand jeu de la spéculation mondiale. Une « caisse d’épargne » n’aurait ainsi pas le droit d’investir sur des marchés dérivés. Mais cette piste, là encore, est loin de faire consensus. Nicolas Sarkozy n’est pas favorable à une telle séparation. « Les grands établissements bancaires français, conformes au modèle de "banque universelle" réunissant ces deux types d’activité, n’ont pas connu de pertes susceptibles d’affecter les dépôts qui leur étaient confiés (y compris la Société générale après "l’affaire Kerviel") », justifie le parti présidentiel. Le discret sauvetage de la Société générale a cependant coûté cher... aux contribuables nord-américains.

François Bayrou estime au contraire que c’est plutôt une bonne idée, mais sans s’engager fermement : « Séparer banques de dépôt et de crédit des activités de marché, c’est un sujet controversé. Pour ma part, cela m’apparaîtrait comme une mesure de prudence. » Subtilité qui a son importance, François Hollande observe, à l’instar de l’UMP, que « les banques françaises universelles ont résisté à la crise », et préfère « une séparation des activités à risques et des activités de dépôt », plutôt qu’une séparation proprement dite. Recomposer le paysage bancaire en établissement spécifique, Jean-Luc Mélenchon y est totalement favorable, tout comme Eva Joly, Nicolas Dupont-Aignan et Marine Le Pen. À l’extrême gauche, Nathalie Arthaud ironise : « Le système financier est un tout, notamment par le biais des prêts interbancaires, et aucune réformette ne peut mettre fin à la spéculation. Seule l’expropriation des banques peut le faire. » [3] On en revient à l’établissement unique de crédit que prône LO.

Repli national, encadrement européen ou G20 ?

Là encore, de grandes divergences existent chez les principaux candidats : repli national, voire une sortie de l’euro ; encadrement au niveau européen ; régulation mondiale, via les gouvernements existants dans le cadre du G20, où contrôle par les travailleurs, comme le rêve la vision internationaliste prônée à l’extrême gauche. Repli national et régulation mondiale très modérée : Nicolas Sarkozy surfe sur les deux aspects. Le Président a souhaité, lors du dernier G20, la mise en place « d’un véritable pilotage politique à l’échelle mondiale », mettant de côté l’Europe. Mais le candidat propose une taxation des transactions financières à l’échelle nationale. « Les gendarmes du système financier seront impuissants tant qu’ils seront cantonnés au niveau national », contredit François Bayrou. Le président du Modem souhaite ainsi la création d’un « régulateur européen qui fera appliquer des règles efficaces partout ». Ce qui le rapproche de François Hollande qui en appelle à une « régulation financière nouvelle » à l’échelle européenne. Ce qui implique une volonté commune des gouvernements de l’Union.
Même analyse pour Eva Joly, qui déplore que les pouvoirs des autorités européennes de régulation créées en 2010 ne soient « pas assez importants ». De son côté, Jean-Luc Mélenchon, en militant pour que la Banque centrale européenne prête directement aux États, se place plutôt dans le cadre d’un contrôle au niveau européen. Un cadre que rejette Marine Le Pen qui préfère restaurer « la souveraineté monétaire » en sortant de l’euro et en revenant au franc. Un repli national derrière les frontières est certes plus facile à réaliser que la construction d’alliances à l’échelle européenne, voire internationale, pour lutter contre la spéculation et remettre la finance au service de l’économie réelle. Mais l’isolement risque d’être au final plus destructeur que la coopération et la solidarité.

Marc Endeweld et Ivan du Roy
Infographies : Guillaume Seyral pour Bastamag.net

Notes

[1] L’ensemble des réponses des candidats ou de leurs représentants citées dans cette article ont été obtenues par écrit suite à l’envoi d’un questionnaire.
[2Le capitalisme hors la loi, Albin Michel.
[3] C’est pour cette raison qu’elle ne figure pas sur notre infographie.

10.4.12

Justiça do Chile vai julgar 1.500 ex-repressores da ditadura Pinochet

via sul 21

Memorial exibe fotos das vítimas da Villa Grimaldi, um dos prinicipais centros de tortura do Chile | Razi Sol/Wikicommons
A Corte de Apelações de Santiago recebeu um processo que pode levar a julgamento mais de 1.500 pessoas acusadas de colaborar com o principal órgão de repressão da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), a antiga Direção Nacional de Informações (DINA). A ação movida pela Agrupação de Familiares de Detidos Desaparecidos (AFDD) e pelo Partido Comunista do Chile está baseada em um ofício emitido em agosto de 2008 pelo ministro Alejandro Solís, da mesma Corte de Apelações, quando investigava documentos oficiais do exército chileno referentes às atividades praticadas pela DINA em Villa Grimaldi e outros antigos centros de tortura identificados na capital chilena.
Entre os 1.500 ex-agentes e colaboradores da DINA que foram indiciados estão o filho mais velho do ditador, Augusto Pinochet Hiriart, o deputado Rosauro Martínez – do partido Renovación Nacional, o mesmo do presidente Sebastián Piñera -, Jaime García Covarrubia, assessor do Instituto de Defesa Hemisférica dos Estados Unidos, e o prefeito de Providência, Cristián Labbé, que foi guarda-costas pessoal de Pinochet durante a ditadura. Labbé foi quem organizou, em novembro de 2011, a polêmica homenagem ao brigadeiro Miguel Krassnoff, chefe da DINA.
“A sociedade chilena pede há anos receber justiça por inteiro e não pela metade. Não se pode tolerar mais que essas pessoas que ontem foram torturadores e assassinos hoje sejam prefeitos ou deputados, ou professores de universidade, como se não tivesse acontecido nada”, disse Lorena Pizarro, presidente da AFDD, que compareceu à Corte de Apelações para protocolar o processo, acompanhada pelo deputado comunista Hugo Gutiérrez, reconhecido advogado em causas de Direitos Humanos e o ministro Solís, que também fez questão de comparecer no Tribunal.
O processo também repercutiu na sede da União Democrática Independente (UDI), partido ultraconservador que abriga muitos ex-colaboradores da ditadura – entre eles, Cristián Labbé. O presidente da legenda, Patricio Melero, leu uma declaração a respeito, focada principalmente na participação do Partido Comunista entre os envolvidos na ação. “Os comunistas carecem de autoridade moral para falar em direitos humanos no Chile e no mundo inteiro. A FPMR (Frente Patriótico Manuel Rodríguez), que era o braço armado deles, cometeu terríveis atrocidades, das quais eles hoje preferem não se responsabilizar”, afirmou Melero.
O deputado comunista Hugo Gutiérrez não quis comentar as declarações de Melero, mas afirmou que o processo marca um precedente muito importante, pois seria “a primeira vez no Chile que se atua também contra um antigo organismo de Estado, acusando-o de associação ilícita. Até então somente se havia processos contra indivíduos ou grupos, sem responsabilizar os departamentos estatais dos quais eles faziam parte”.
Gutiérrez acredita que a repercussão deste novo caso poderia despertar maiores anseios por mudanças no país. “Vimos no ano passado, durante as marchas estudantis, que não só os estudantes, mas toda a sociedade chilena quer o fim da Constituição da ditadura (1980), vigente até hoje, e está ação vai por esse mesmo caminho, o de ter que lidar com os últimos vestígios daquele regime”, comentou.
Com informações do Opera Mundi

CPI do Cachoeira deve convocar Civita, da Abril

via BRASIL 247

CPI do Cachoeira deve convocar Civita, da AbrilFoto: Divulgação

INFORMAÇÃO ACABA DE SER POSTADA POR RICARDO NOBLAT; O MOTIVO É A ESTREITA LIGAÇÃO ENTRE A REVISTA VEJA E O BICHEIRO CARLOS CACHOEIRA; CAPA EM QUE AUTORIDADES DO GOVERNO DILMA FORAM FILMADAS ILEGALMENTE ESTÁ SOB SUSPEITA; NA INGLATERRA, MURDOCH TAMBÉM TEVE QUE SE EXPLICAR SOBRE GRAMPOS ILEGAIS

10 de Abril de 2012 às 19:14
247 – Até o fim desta semana, deve ser instalada a CPI sobre as atividades do bicheiro Carlos Cachoeira. E um dos convocados deve ser o empresário Roberto Civita, dono da Editora Abril e um dos principais magnatas das comunicações no Brasil. O motivo é a estreita ligação entre a revista Veja e o contraventor. As informações acabam de ser postadas pelo blog do jornalista Ricardo Noblat, um dos mais influentes do País.
Desde o início da Operação Monte Carlo, que prendeu o bicheiro Carlos Cachoeira, surgiram diversas evidências de uma longa e estreita parceria editorial entre a revista Veja e o contraventor, por meio do diretor da sucursal brasiliense da revista, Policarpo Júnior. Diversas reportagens investigativas da revista foram produzidas por uma equipe de arapongas ligados a Cachoeira e usadas para defender interesses políticos e econômicos do contraventor.
A gangue de Cachoeira foi responsável pela filmagem do vídeo em que Maurício Marinho aparecia recebendo uma propina de R$ 5 mil dentro dos Correios. Tal reportagem, assinada por Policarpo Júnior, deu origem à CPI dos Correios. O Brasil 247 foi o primeiro veículo a destacar que Cachoeira estaria por trás da primeira denúncia relacionada ao Mensalão (leia mais aqui).
Veja também produziu muitas outras reportagens que atenderam aos interesses do bicheiro, como uma em que Cachoeira foi apontado como vítima de extorsão numa CPI parlamentar do Rio Janeiro, que poderia tê-lo colocado atrás das grades em 2004 (leia mais aqui).
Recentemente, a gangue de Cachoeira também filmou autoridades do governo Dilma Rousseff, como o ministro Fernando Pimentel e o ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, visitando o ex-ministro José Dirceu, no Hotel Naoum, em Brasília. A reportagem contribuiu para a queda do ex-redator-chefe, Mario Sabino.
O autor do requerimento para a convocação de Civita será o deputado Fernando Ferro (PT/PE). “A revista Veja se associou ao crime organizado”, disse ele. Na Inglaterra, o magnata Rupert Murdoch também foi forçado a se explicar sobre a utilização de grampos ilegais. Mas lá as publicações de Murdoch se associaram à polícia para ter acesso privilegiado a operações policiais. No Brasil, a conexão de Veja se deu com um dos maiores contraventores do País (leia mais aqui).

Nuestra América: A 93 años de la muerte de Emiliano Zapata

por Unidad MPT


Zapata: «Es mejor morir de pie que vivir toda una vida arrodillado» y «el que quiera ser águila que vuele, el que quiera ser gusano que se arrastre pero que no grite cuando lo pisen». 


Emiliano Zapata Salazar nació en San Miguel Anenecuilco, municipio de Ayala, en el estado de Morelos, el día  8 de agosto de 1879. Fue hijo de Gabriel Zapata y de Cleofas Salazar, y formó parte de una familia  campesina.

Su infancia se desarrolló a la par del latifundismo porfirista en Morelos. Realizó sus primeros estudios con el profesor Emilio Vera, quién había sido un viejo soldado juarista. Pronto trabajó como labrador y arriero. En 1906 asistió a una junta de campesinos en Cuautla, para discutir la forma de defender frente a los hacendados vecinos sus tierras del pueblo. Su rebeldía lo condenó a la leva: en 1908, Zapata quedó incorporado al 9°. Regimiento de Caballería, en Cuernavaca. Se dice que el pretexto que se usó para su incorporación al ejército fue el hecho de que había raptado a una jovencita, ya que Zapata era conocido por ser un hombre muy enamoradizo. La acusación la puso el padre  de Inés Alfaro Aguilar, joven  con quien tiempo después Zapata tendría dos hijos: Nicolás y Elena Zapata Aguilar. En la fotografía en la que Zapata y Villa aparecen sentados en la silla presidencial, el niño más pequeño que se asoma es Nicolás. Después el 20 de agosto de 1911 contrajo matrimonio con la señorita Josefa Espejo Sánchez conocida como “La Generala” con quien tuvo dos hijos el primero tuvo por nombre Felipe; éste nació en el cerro El Jilguero y murió a la edad de cinco años en uno de los tantos refugios que como familia tuvieron. Su muerte fue trágica ya que no fue fácil evadir los peligros del monte y menos aún para un pequeño a quien el juego  se apetece en cualquier lugar. Felipe fue mordido por una víbora de cascabel y su salvación resultó prácticamente imposible. La segunda hija fue Josefa; ella nació el Tlaltizapán y su suerte no fue distinta a la de su hermano: su muerte resultó por la picadura de alacrán, su vida culminó un año antes que la de Felipe; de esta forma Josefa quedó sin hijos en poco tiempo. Sin embargo, Zapata tuvo más hijos, y de ellos a la fecha vive una: Ana María Zapata, hija de Petra P. Torres. Emiliano Zapata es asignado como caballerango de Pablo Escandón, Jefe del Estado Mayor de Porfirio Díaz, y más tarde, en el mismo puesto, al mando de Ignacio de la Torre, yerno de Díaz, quién le tomaría especial afecto por su destreza con los caballos.

En septiembre de 1909 Emiliano Zapata fue electo presidente de la junta de defensa de las tierras de Anenecuilco, donde empezaría a analizar los documentos que acreditaban los derechos de los pueblos a sus tierras y se convertiría, de esa manera, en dirigente agrario de Morelos, su estado natal. Su primera aparición política ajena a su mundo campesino fue en las elecciones para gobernador de Morelos en 1909, cuando apoyó al candidato de la oposición, Patricio Leyva, en contra del de los latifundistas, Pablo Escandón y Barrón.
En el mes de mayo de 1910 recuperó por la fuerza las tierras de Villa de Ayala, que eran protegidas por el jefe de policía José A. Vivanco y que dejó en posesión de los campesinos del lugar. Por este hecho tuvo que escapar varias veces del gobierno, pues fue declarado bandolero. Después de haber recuperado las tierras, las dejó en posesión de todos los campesinos de aquel lugar. Algunos meses después participó en la reunión que se celebró en ese mismo lugar, es decir, en Villa de Ayala, con objeto de discutir lo que después se convertiría en el Plan de Ayala.

La Revolución Maderista y el Plan de Ayala

A finales de ese mismo año, Pablo Torres Burgos fue enviado a Estados Unidos por Emiliano Zapata para que se pudiera entrevistar con Francisco I. Madero. El resultado de esta entrevista fue la decisión de tomar las armas por Emiliano Zapata y otros 72 campesinos y con Juan Moreno, Rafael Moreno, Maurilio Mejia y José Vergara. Esto lo hicieron el día 10 de marzo de 1911, cuando proclamaron el Plan de San Luis. Se dirigió hacia el sur, pues ya era perseguido por Aureliano Blanquet y su batallón de soldados. En este período del movimiento zapatista sobresalen las batallas de Chinameca, Jojutla, Jonacatepec, Tlayecac y Tlaquiltenango, así como la muerte del zapatista y antiguo líder del movimiento suriano, Pablo Torres Burgos, que incluso precedió al mismo Emiliano. A la muerte del mismo, Emiliano Zapata es elegido, por la junta revolucionaria del sur en 1911, nuevo jefe revolucionario-maderista del sur. Las reivindicaciones zapatistas contenidas en el Plan de Ayala, que suponían una reforma agraria radical (La tierra es de quien la trabaja), fueron inaceptables para los sucesores de Porfirio Díaz. Lo mismo se puede decir de Francisco León de la Barra quien, haciendo uso de su facultad de presidente, encabezó diversos enfrentamientos políticos y armados con el jefe suriano, e incluso del mismo Francisco I. Madero.
Zapata se negó a desarmar a sus tropas, según lo acordado por los Tratados de Ciudad Juárez, sin que antes se realizara el reparto de las haciendas del Estado. Esto dio lugar a que Francisco León de la Barra, presidente interno, lo considerara bandido y rebelde, mandando fuerzas a perseguirlo. Mil hombres bajo el mando de los generales Victoriano Huerta y Aureliano Blanquet fueron enviados a combatirlo. Para agosto del citado año de 1911, Francisco I. Madero quedó de entrevistarse con Emiliano Zapata en Yautepec para buscar una solución pacífica en el conflicto suriano, con el fin de convencerlo de que licenciara sus tropas, al tiempo que Zapata era fuertemente criticado por la prensa conservadora del país. En la reunión no se logró ningún acuerdo, dicho por Madero, pues el mismo estaba convencido de que no podía acordar el previo reparto agrario. El gobierno federal reiteró su decisión de imponer el orden por la violencia, y Zapata se desplegó con sus tropas a los límites entre Guerrero y Puebla, escondiéndose del gobierno y generando emboscadas a pequeños contingentes federales. Cabe destacar que durante ese lapso Zapata se casó formalmente con Josefa Espejo. El padrino de la boda fue el propio Francisco I. 
Madero.

El 25 de noviembre de 1911 Zapata lanzó el Plan de Ayala, redactado por Otilio E. Montaño, documento que se convertiría en su estandarte y en el fiel ejemplo de la ideología de los campesinos morelenses. En él se exigía la redención de los indígenas y la repartición de los latifundios otorgados durante el porfiriato. Se desconocía a Francisco I. Madero como presidente y se reconocía a Pascual Orozco como jefe legítimo de la Revolución Mexicana. Además, el documento postulaba que, en vista de que no se había cumplido con lo que se le había prometido al campesinado, la lucha armada era el único medio para obtener justicia.

Durante 1912, Emiliano Zapata combatió al Ejército Federal que, al mando de los generales Arnoldo Casso López, Juvencio Robles y Felipe Ángeles, buscaba la pacificación en los estados del sur. Los zapatistas buscaron defenderse y lo hicieron “brutalmente”, según la versión del Ejército Federal: en las narraciones de los ataques zapatistas son comunes las referencias a asaltos, incendios, violaciones, etcétera. Lo cierto es que dichas narraciones eran alteradas para justificar los desastres cometidos por los miembros del Ejército Federal. En ese año sobresalen los ataques a Tepalcingo, Yautepec, Cuautla y Cuernavaca, aunque debe afirmarse que en ese entonces el movimiento zapatista era muy débil, tanto en el ámbito político como en la rama militar, sobre todo cuando la campaña del gobierno maderista contra los sublevados surianos quedó a cargo del general Felipe Ángeles. Por sus métodos civilizados y tolerantes, le restaban bases al zapatismo, pues Ángeles simpatizaba con ellos.

La Lucha en el Sur a la Muerte de Madero

Tras el asesinato de Francisco I. Madero y el ascenso en el poder de Victoriano Huerta, la lucha armada se exacerbó y Zapata fue uno de los jefes revolucionarios más importantes, al tiempo que introdujo importantes reformas en Morelos. Posteriormente, estas posturas lo opusieron al nuevo presidente (Venustiano Carranza). Una vez en el poder, Victoriano Huerta envió una comisión encabezada por el padre de Pascual Orozco, Pascual Orozco (Padre) a pactar la paz con Emiliano Zapata. Esto le facilitaría tener un frente menos de guerra en el país. Éste, que contaba ahora con el dominio de Morelos y parte del Estado de México, del estado de Guerrero, de Puebla y de Tlaxcala, se negó a pactar con aquellos a quienes él llamó “asesinos de Madero”. Fusiló al emisario de Huerta, envió una carta al general Félix Díaz, repudiando al gobierno de Huerta y, para el mes de mayo de ese mismo año, reformó su Plan de Ayala, declarando que Victoriano Huerta era indigno de la presidencia del país. A Pascual Orozco se le retiró el cargo de Jefe de la Revolución. Zapata quedó entonces como único jefe del Ejército Libertador del Sur. Sin embargo, es preciso consignar que el hecho de reconocer el Plan de Ayala implicaba el no reconocimiento del Plan de Guadalupe, convirtiendo a Zapata, a Francisco Villa, a Álvaro Obregón y a Pablo González Garza, todos ellos en encarnizadas batallas en el norte del país, en luchadores de una causa aislada.


En los primeros meses de 1914, Zapata tomó Jonacatepec y Chilpancingo, y ese mismo año su ejército constaba ya de 27,000 hombres, por lo que para abril ya había controlado por completo el estado de Morelos y algunos lugares de Guerrero. Poco después conquistó Cuernavaca y para junio se acercó a la Ciudad de México, ocupando Cuajimalpa, Xochimilco y Milpa Alta, amagando a esta ciudad. Sin embargo, las fuerzas constitucionalistas les cerraron el paso, al ocupar la Ciudad de México antes que las propias zapatistas, las cuales se encontraban más cerca. En septiembre, Venustiano Carranza envió a Juan Sarabia, a Antonio I. Villarreal y a Luis Cabrera a conferenciar con Emiliano Zapata, pero nuevamente el caudillo suriano exigió la renuncia de Venustiano Carranza al Poder Ejecutivo, y el reconocimiento del Plan de Ayala. Los emisarios, como toda respuesta, abandonaron su campamento y el estado, pues Carranza rechazó rotundamente sus peticiones, calificándolas de “inadecuadas”.

El Gobierno Convencionista

En ese mismo mes, Emiliano Zapata, desde su cuartel general de Cuernavaca, promulgó la entrega de tierras a los pueblos. Invitado por varios delegados de la Convención de Aguascalientes, en la que los tres grupos más importantes que participaron en la Revolución Mexicana intentaron dirimir sus diferencias, Zapata no fue en persona al citado evento, pero envió a una comisión, integrada por Antonio Díaz Soto y Gama (quién protagonizo el Incidente de La Bandera), Leobardo Galván, Paulino Martínez, Manuel J. Santibáñez y Manuel Uriarte, quienes quedaron en calidad de observadores hasta que la Convención optó por desconocer a Venustiano Carranza. Así pues, Emiliano Zapata se unió con Francisco Villa y ambos reconocieron a Eulalio Gutiérrez como presidente provisional de México, no así el encabezado por Venustiano Carranza, lo que provocó la continuación de la guerra civil. A finales de noviembre, la poderosa División del Norte y el Ejército Libertador del Sur entraron en la Ciudad de México, alcanzando así fama nacional el movimiento zapatista como la otra cara de la moneda entre los campesinos surianos y los del norte. En su estancia en la capital, las tropas tuvieron una actitud más que pacífica: obtuvieron recursos mediante limosnas y evitaron los robos y asaltos de algunos bandidos que ensuciaban su nombre haciéndose llamar zapatistas. El 4 de diciembre de ese año Villa y Zapata tuvieron la célebre entrevista de Xochimilco, lográndose una alianza militar entre ambos ejércitos. Villa aceptó en cambio el Plan de Ayala, a excepción de sus acusaciones a Francisco I. Madero, quién había sido su redentor y se obligó a dar armas a Zapata.

Concretados estos acuerdos, Emiliano Zapata partió rumbo a Amecameca y tomó Puebla el 17 de diciembre de 1914, aunque en los primeros días de enero la plaza le fue arrebatada por las fuerzas del general Álvaro Obregón. Éste habría de dedicar sus mayores esfuerzos para combatir al poderoso ejército villista, dando lugar a que durante 1915 Morelos fuera gobernado por los campesinos levantados en armas, asesorados por los intelectuales de la lucha suriana. En 1916, una vez que Venustiano Carranza se había instalado en la Ciudad de México y que Francisco Villa hubiera sufrido serias derrotas por parte del ejército de Álvaro Obregón, Carranza dispuso la ofensiva contra el zapatismo, al mando de Pablo González Garza. Con apoyo incluso de la aviación del ejército, Cuernavaca fue ocupada por los constitucionalistas en mayo y, aunque regresó efímeramente a manos de los zapatistas, quedó definitivamente en su poder el 8 de diciembre de ese mismo año. Ante la carencia de armas y ya sin el apoyo villista, en muy poco tiempo casi todas las poblaciones del estado quedaron en poder de los constitucionalistas. En 1917, Zapata, lanzando una contraofensiva, reconquistó Jonacatepec, Yautepec, Cuautla, Miahuatlán, Tecala y Cuernavaca.
En marzo expidió la ley administrativa para el estado, reabrió escuelas, creó instituciones para reiniciar la producción de alimentos del campo y continuó la guerrilla en zonas periféricas y de frontera. Sin embargo, en octubre del mismo año entró a Morelos el general Pablo González Garza, apoderándose del territorio. Para 1918, Emiliano Zapata era, al igual que Francisco Villa lo sería en 1920, un guerrillero con poco futuro, pues ante las constantes batallas y lo escaso de las municiones, la muerte de los cabecillas y la ley agraria de Carranza, que apaciguó la causa suriana, su movimiento, indudable manifestación del descontento campesino, no llegó a consolidarse como una verdadera organización político-militar. Siendo una rebelión de masas campesinas, se limitó a realizar su guerra de guerrillas a partir de 1918.

 La guerra por parte del gobierno tomó perfiles despiadados. El gonzalista Jesús Guajardo le hizo creer a Zapata que estaba descontento con Carranza y que estaría dispuesto a unirse a él. Zapata le pidió pruebas y Guajardo se las dio. Acordaron reunirse en la Hacienda de Chinameca, Morelos, el 10 de abril de 1919, pero Zapata murió preso de una emboscada. No pocos condenaron el procedimiento. Además, esto dio lugar a que, una vez muerto, Zapata se convirtiera en el Apóstol de la Revolución y símbolo de los campesinos desposeídos. El movimiento continuó, aunque en franco declive, y los zapatistas acordaron nombrar a Gilbardo Magaña Cerda jefe del Ejército Libertador del Sur. Él sería el último: casi un año después, los antiguos compañeros de Zapata se integrarían al gobierno aguaprietista, y uno a uno serían asesinados por el mismo gobierno mientras trabajaban para la misma institución.

Los seguidores de Emiliano Zapata reciben desde entonces el nombre genérico de zapatistas, aunque es muy importante hacer la distinción entre los zapatistas de tiempos de la Revolución Mexicana y los actuales zapatistas del sur de México.

Hace algún tiempo, se publicó un texto que cuestiona la versión oficial de la muerte de Zapata en la Hacienda de Chinameca. Hasta la fecha no ha habido una respuesta pública, con argumentos, ni siquiera de historiadores profesionales, que refute este cuestionamiento a la versión oficial. Sin embargo, ha provocado la molestia de quienes lo publicaron, porque les dicen que distorsionan la redacción de este punto, al parecer por la incapacidad de argumentar.

Zapata es el autor de las famosas frases «Es mejor morir de pie que vivir toda una vida arrodillado» y «el que quiera ser aguila que vuele, el que quiera ser gusano que se arrastre pero que no grite cuando lo pisen»