4.9.10

Animação incrível recria a vida de milhões de brasileiros

A incrível animação Tá na Rua, produzida pela Instituto Marlin Azul, do Espírito Santo, impressiona pela criatividade na hora de retratar a vida de milhões de brasileiros que vivem nas periferias das grandes cidades do país. A peça foi mais uma das seis premiadas na segunda edição do Prêmio Cultura Viva, idealizado pelo Ministério da Cultura.




Notícias e Análises - PIG e Serra botaram a camisa nos seqüestradores do Abílio Diniz



José Serra e o PIG vêm dizendo que o portador da autorização falsa para entrega das cópias das declarações do imposto de renda da filha do tucano seria filiado ao PT – o que não é verdade. Parece a eleição de 1989, quando a polícia e a mídia usaram o seqüestro do empresário Abílio Diniz para impedir a eleição de Lula, associando falsamente os seqüestradores ao PT. A história se repete, agora como farsa.

No momento em que escrevo, a propaganda o candidato tucano à presidência da República, José Serra, na televisão acaba de usar manchetes de jornais do PIG para afirmar que o portador do documento falso usado para supostamente violar o sigilo fiscal da filha do tucano seria filiado ao PT. Antonio Carlos Atella Ferreira, contudo não é filiado ao Partido dos Trabalhadores, como mais tarde o próprio PIG teve que admitir.

(…) ele nunca participou de qualquer órgão de direção partidária, nem de qualquer evento, seminário, reunião ou atividade, não tendo nunca cumprido quaisquer obrigações estatutárias, nem mesmo sequer comparecido para votar em quaisquer dos nossos processos eleitorais internos.
(Nota do PT paulista sobre a suposta filiação de Antonio Carlos Atella Ferreira ao partido)
Segundo a versão atual divulgada pela Folha de São Paulo, o falso “procurador” teria solicitado em 2003 sua filiação ao PT, mas um erro de grafia o impediu de constar da lista de filiados no TRE e nos bancos de dados petistas. É bom esclarecer que ele nunca buscou corrigir esse erro, o que, junto com a completa falta de participação na vida partidária, indica que não tinha mesmo vínculo com o petismo.

Infelizmente, no Brasil de hoje em que basta assinar um papel para se filiar a um partido, muitas vezes pessoas sem qualquer afinidade ideológica ou vontade de atuar acabam por assinar fichas de filiação (induzidos por terceiros ou por vontade própria), mas acabam não atuando nos partidos.
Essa situação lembra mesmo, como diz Serra, a campanha de 1989. Mas, ao contrário do que ele insinua, quem está no lugar de Lula é Dilma, vítima de mais uma armação da imprensa e da elite e sua representação política – o PSDB. 

Durante aquele período eleitoral, um grupo de chilenos militantes do grupo guerrilheiro MIR (Movimento de Esquerda Revolucionária, o qual lutava contra a ditadura de Pinochet, que ainda não havia terminado), com o auxílio de um brasileiro, Raimundo Rosélio da Costa Freire, militante da organização que daria origem ao PSTU, e que até então havia participado da luta de libertação na América Central, seqüestrou o empresário Abílio Diniz, dono do Grupo Pão de Açúcar. O seqüestro fracassou, e os militantes foram presos. Porém, para usar todo o peso do anticomunismo que sobrevivera à ditadura militar brasileira (estávamos na primeira eleição para presidente após a redemocratização), a polícia colocou material de campanha de Lula junto ao arsenal utilizado pelos seqüestradores – que em momento algum se envolveram na campanha eleitoral, queriam unicamente financiar a luta na Nicarágua e no Chile. Assim descreve Raimundo Rosélio o desfecho do seqüestro:

No dia 16 de dezembro, um dia antes [do segundo turno] das eleições, sábado, a polícia paulista, mediante o uso da tortura, conseguiu chegar até a residência onde o Empresário se encontrava seqüestrado. […] Coube a Humberto, o líder do grupo, a responsabilidade de conduzir os policiais até o cativeiro, no bairro do Jabaquara, zona sul de São Paulo.
No entanto, ao chegar ao cativeiro, às 5 horas da manhã, os policiais foram emboscados pelo grupo restante que estava dentro da casa […], que conseguiu resgatar Humberto e resistir à ação policial, até o dia seguinte, quando se renderam […]

Um dos integrantes, responsável pelas negociações do pagamento do resgate e da guarda do Abílio Diniz, recorda que, ao resgatar o companheiro ferido em poder dos policiais, de imediato, percebeu a manipulação das camisetas: “recorda Freire, que só teve um momento de pânico, quando Humberto Paz voltou ao cativeiro, após ser torturado, vestindo uma camisa do PT. ‘Era véspera da eleição presidencial. Quando vi Humberto ensangüentado, com a camisa do PT, tentei rasgá-la, ao ver que estávamos cercados pela polícia’, lembra Freire, que parou de tentar tirar a camisa do companheiro ao ver que ele estava algemado e sentia dores.

Essa camisa foi retirada do corpo de Humberto, horas depois, e queimada no banheiro da casa. Nessa residência não havia nenhum material do PT. Posteriormente, a polícia colocou material da campanha de Lula nas casas e apartamentos dos seqüestradores.

No intervalo de 36 horas que durou o cerco do cativeiro, coincidentemente, todas as emissoras de televisão transmitiam ao vivo e dramatizavam as longas e exaustivas negociações […]

Os media do País, estrategicamente posicionados frente à residência usada como cativeiro, exploraram em suas reportagens uma série de boatos, estabelecendo um vínculo entre o PT e o comando cercado, além de divulgar, repetidas vezes, as fotos fornecidas pelos policiais, nas quais os primeiros seqüestradores presos, visivelmente torturados, apresentavam-se vestidos com as camisetas do candidato Lula, impecavelmente limpas, contrastando com a aparência física em que se encontravam, “e lá estava a foto do seqüestrador chileno, Ségio Urtubia, todo ensangüentado, torturado, amassado, em estado de total descalabro, um palhaço lúgubre com aquela postura, e a camisa do PT limpinha, quer dizer, cobriram ele de porradas e botaram a camiseta.”
(FREIRE, Raimundo Rosélio da Costa. Pão de Fel. Fortaleza: Premius, 2002.)

Ou seja: pegaram pessoas que cometeram um crime sem nenhuma relação com a campanha de Lula, botaram camisetas do PT nessas pessoas, e saíram dizendo que o seqüestro tinha relação com o metalúrgico que queria ser presidente do Brasil. Hoje, pegam um presumido falsário, botam nele uma filiação inexistente ao PT, e dizem que o crime que ele cometeu tem relação com aquela mulher que será eleita presidente pelo povo brasileiro. A história se repete, como diz Marx, agora como farsa.

Por Leandro Arndt do: Notícias e Análises

QUEM É JOSÉ SERRA DO PSDB

Manual de Guerrilha Virtual – Setembro de Fogo 2010


Pela Verdade, pela Justiça e pela Democracia

Como agir:
1.                  Da luta em curso
O Setembro de Fogo de 2010 definirá o futuro do Brasil. De um lado, armam-se os grupos do terrorismo midiático, representado pela composição política tucano-demista, pelo consórcio Globo-Folha-Estado-Abril e por variadas células de sabotagem informativa que atuam de acordo com os interesses de movimentos anti-democráticos e de defensores da restauração do regime militar.

De outro, estamos nós, os cidadãos trabalhadores, os defensores da verdade, da justiça e da democracia.

Deste lado da trincheira, erguem-se todos que defendem os princípios de liberdade, igualdade e fraternidade.

Neste território, lutam os que desejam um país marcado pelo desenvolvimento compartilhado, pela sustentabilidade e pelo respeito à vontade popular.

Neste mês de guerra, o embate se trava entre dois grupos distintos. Um deles procura desesperadamente fraudar o processo eleitoral e incitar o ódio entre os brasileiros, valendo-se dos meios de comunicação. Luís XIV sentenciava: “o Estado sou eu”. Hoje, o consórcio midiático monopolista pretende exercer no Brasil esse mesmo poder, sem limites.

Trata-se de um cartel avesso à verdade, aos princípios republicanos e, obviamente, ao que se convencionou chamar de Estado de Direito.

Contra a barbárie midiática devem se levantar imediatamente todos os cidadãos responsáveis e dignos deste país.

Portanto, faz do teu teclado uma metralhadora de boas idéias. Uma metralhadora que não espalha a morte, mas que defende a vida. Uma metralhadora que resiste ao terrorismo dos latifundiários da comunicação e aos políticos que procuram, a todo custo, desestabilizar o país e aqui instaurar a cultura do fascismo.

2.                 A quarta tentativa de Golpe contra a Democracia
Nesta década, as forças do atraso anti-democráticas, fascistas e fascitizantes já tentaram burlar o processo democrático em outras três ocasiões. A saber:
a) durante a apuração do caso que a imprensa apelidou de “Mensalão”, no qual a regra tradicional de troca de favores na política brasileira foi transformada em exceção para criminalizar um partido e um presidente da República;
b) no processo eleitoral de 2006, com a construção do factóide relativo ao suposto dossiê que exibia o lado “B” de José Serra;
c) após a queda do avião da TAM, em São Paulo, quando políticos do PSDB-DEM-PPS, empresários (como o presidente Phillips no Brasil) e marionetes do consórcio midiático, como Ana Maria Braga e Regina Duarte, procuraram instrumentalizar a dor dos familiares das vítimas para tentar um Golpe de Estado.

O quarto atentado contra a Democracia e o Estado de Direito

Neste Setembro de Fogo, o consórcio Globo-Folha-Estado-Abril procura novamente intervir no processo eleitoral, ignorando o debate programático entre os candidatos e a comparação de realizações, optando pela promoção de ritos acusatórios e persecutórios contra a candidata líder nas pesquisas.
Desta vez, o consórcio Globo-Folha-Estado-Abril e seu candidato, José Chirico Serra, encetam golpe por meio do factóide relacionado à Receita Federal, requentando um caso ocorrido no segundo semestre de 2009.

O artifício visa a destruir reputações, atiçar ódios, fraudar o desejo do povo brasileiro, sequestrar o país novamente às trevas da privataria, removê-lo do trilho do desenvolvimento e atirá-lo de volta ao cativeiro das oligarquias transnacionais, cujo interesse manifesto é a pilhagem do patrimônio público.

3.                 Pensamento do terrorismo midiático neste Setembro de Fogo
Depois de oito anos de Governo Lula, os neoconservadores foram derrotados na batalha do desenvolvimento.

Mesmo enfrentando inúmeros atos de sabotagem, tanto no plano parlamentar quanto no plano midiático, as forças democráticas realizaram um estupendo trabalho de fortalecimento da economia e de distribuição de riquezas, gerando oportunidades e inclusão social.

A comparação dos números mostra claramente que o projeto neoliberal privatista de FHC fracassou, enquanto o projeto de crescimento compartilhado de Lula constitui-se em um caso de sucesso de gestão, mundialmente elogiado e reconhecido.

A constatação dessa derrota gerou na direita brasileira uma trinca de sentimentos:
- inveja;
- medo;
- ódio.

A inveja, o ódio e o desespero marcam, por exemplo, todos os discursos do candidato do PSDB à presidência, José Chirico Serra.

Esses elementos também podem ser encontrados diariamente nas declarações de políticos neocons, ou simplesmente reacionários, como Sérgio Guerra, Álvaro Dias e Roberto Freire.

A inveja, o medo e o ódio frequentemente conduzem o individuo ao DESESPERO.

E o desespero autoriza o indivíduo a burlar a lei, a mentir e a desprezar valores e princípios.

Esse fenômeno ocorre aqui e agora. Todos os dias, o cidadão brasileiro é insultado e agredido pela frente tucano-demista, pelo consórcio Globo-Folha-Estado-Abril e pelas células de extrema-direita saudosas da Ditadura Militar.

4.                 Os venenos do terrorismo tucano-midiático neste momento
Três ferramentas têm sido utilizadas nos atos de sabotagem protagonizados pelo grupo PSDB-DEM-PPS, pelo consórcio midiático golpista (liderado pelo Instituto Millenium) e pelas células radicais de direita:
a) A avalanche de reportagens, matérias e comentários de cunho terrorista presentes no consórcio Globo-Folha-Estado-Abril, cujo conteúdo calunioso e difamatório é replicado por inúmeros outros veículos de imprensa por todo o país.
b) Os discursos terroristas proferidos diariamente pelos políticos da frente tucano-demista, quase sempre ladinamente descolados da realidade, quase sempre destinados a incitar ódios e revoltas.
c) O bombardeio diário de spams terroristas via Internet, obra de funcionários contratados pelas agremiações políticas e de uma rede de colaboradores voluntários empenhados em promover sabotagens no campo da informação.

5.                 Para onde olhar na defesa da democracia
Entre outro, guarde os nomes destas pessoas, e esteja atento a seus movimentos neste Setembro de Fogo:
Ali Kamel, Eurípedes Alcântara, Diogo Mainardi, Eliane Cantanhede, Alberto Carlos Almeida, Eduardo Graeff, Boris Casoy, Merval Pereira, Ricardo Noblat, Monica Waldvogel, William Waack, William Bonner, Otavio Frias Filho, Leandro Colon, Ruy Mesquita, Reinaldo Azevedo, Josias de Souza, João Carlos Saad, José Roberto Gazzi, Carlos Alberto Sardenberg, Augusto Nunes, Lauro Jardim, Leandro Loyola, Eumano Silva, Leonel Rocha, Helio Gurovitz, David Cohen, Mario Sabino, Roberto Civita, Mirian Leitão e José Nêumanne.

6.                 Tipificação dos crimes cometidos pelos terroristas midiáticos
No campo das mídias monopolistas (portais, sites e blogues), das redes sociais (Orkut, Twitter, Facebook, entre outros) e dos disparadores automáticos de e-mails têm sido cometidos inúmeros CRIMES VIRTUAIS.
Normalmente, enquadram-se em uma das cinco categorias seguintes:
a) Calúnia – trata-se de afirmação falsa e ofensiva a respeito de alguém ou de instituição. Define-se como o ato de atribuir, de forma falsa, a alguém a responsabilidade pela prática de um crime.
b) Difamação – trata-se de atribuir a alguém envolvimento em situação ou ato ofensivo a sua reputação e honra. O objetivo do criminoso, nesse caso, é ferir a moral da vítima e torná-la passível de descrédito perante a opinião pública.
c) Injúria – trata-se de atribuir à vitima atributos negativos, de forma a ofender sua honra e dignidade. O objetivo do insulto é abater moralmente o indivíduo alvo do ataque.
d) Falsidade Ideológica – trata-se de fraude, de adulteração de documento a fim de se obter vantagem ou prejudicar direito, criar uma obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante.
e) Fraude – trata-se de ato com objetivo deliberado de enganar com o objetivo de prejudicar um indivíduo ou dele obter vantagens de maneira injusta. A fraude jornalística, por exemplo, é costumeiramente praticada no Brasil, sem que seus autores sejam submetidos aos rigores da Justiça.

A mídia monopolista como fonte primária
Vale lembrar que muitas vezes os hoaxes (histórias falsas de Internet) são gerados a partir de reportagens jornalísticas que envolvem invenção, exagero, minimização, interpretação tendenciosa ou seleção desonesta de fatos, quase sempre destinados a abalar a reputação de pessoa ou instituição.

Nesse particular, os terroristas brasileiros são mestres e criaram uma série de narrativas que são distribuídas impunemente pela Internet, todos os dias, aos milhões.

Convém lembrar algumas dessas peças e as acusações que oferecem a conhecidos membros do governo e agremiações políticas.

Agravo à reputação – Segundo uma série de textos de sabotagem, Dilma Rousseff foi “terrorista”, “assaltou bancos”, “matou o soldado Mario Kosel Filho” e tinha como terceira ocupação “oferecer serviços sexuais” a guerrilheiros.

Nesse caso, a expedição massiva de hoaxes tive início com a publicação da falsa ficha da Sra. Rousseff, publicada pelo jornal Folha de S. Paulo. Na verdade, conforme documentos oficiais, a candidata do PT à presidência jamais esteve associada a essas ações e nunca foi sequer julgada com base nessas acusações.

Vale lembrar ainda que os fatos ligados ao período da Ditadura Militar são deliberadamente descontextualizados, de forma que os militares que torturavam, estupravam e assassinavam aparecem como paladinos da lei, enquanto os “resistentes” são enquadrados na categoria dos crimes comuns.

Há uma falsa informação divulgada insistentemente nesse material, repetida até mesmo por personalidades, com o ex-humorista Chico Anysio. Dá conta de que Dilma estaria impedida de entrar nos EUA por ter seqüestrado um embaixador daquele país.

Na verdade, Dilma jamais esteve envolvida em qualquer ação do tipo, viajou várias vezes aos EUA e até mesmo já se encontrou com o presidente daquele país, Barack Obama.

Convém também frisar que ninguém ainda foi detido por criar e distribuir esse material criminoso, fato que exigiria um protesto ruidoso da sociedade.

Deturpação deliberada - Uma outra série de hoaxes procura adulterar fatos e números relativos ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Afirma-se, por exemplo, que em sua gestão foram criados apenas 4 milhões de empregos, quando na verdade esse número supera os 14 milhões.

Afirma-se que o Luz para Todos é um programa de FHC. Trata-se de uma inverdade. O ex-presidente lançou um programa denominado Luz no Campo, com cobrança de taxa de instalação. Em três anos, de 2000 a 2003, não atingiu a meta de levar energia a 1 milhão de famílias no Interior do país. Fracassou.

O Luz para Todos, ao contrário, sem cobrança de taxa de instalação, já superou suas metas e levou energia para 12 milhões de brasileiros.

Inúmeras peças ficcionais circulam pela Internet com o objetivo de deturpar o entendimento público sobre as obras do Governo Federal e sobre o desempenho da economia brasileira.
Comumente, no que tange a Lula, a deturpação vem acompanhada de calúnia e difamação.
Também não há notícias de que membros do consórcio midiático, dos partidos neoconservadores ou das células de direita radical tenham sido responsabilizados e punidos.

7.                 Como reagir ao terrorismo midiático privado
a) No caso de material jornalístico falso, ofensivo ou tendencioso, questionar imediatamente (por e-mail ou preenchimento de formulário específico) o veículo de imprensa e o profissional responsável pelo texto ou reportagem televisiva/radiofônica.
b) Todos os grandes veículos têm uma área para manifestação dos leitores e ou comunicação de erros. Alguns também disponibilizam e-mails dos responsáveis por editorias. Normalmente, esses endereços estão listados na página de “expediente”. Envie sua mensagem por todos eles.
c) Manifeste concretamente sua indignação, sempre que necessário, também nos fóruns de leitores que são formados abaixo das matérias publicadas nos portais dos órgãos de comunicação.
d) Faça uma cópia de sua manifestação e a repasse imediatamente à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), neste endereço: http://www.fenaj.org.br/contato.php. Comunique também a Associação Nacional de Jornais (ANJ), neste endereço: http://www.anj.org.br/fale-conosco ou pelo e-mail anj@anj.org.br.
e) É provável que você não obtenha qualquer resposta dos órgãos representativos, mas é importante que esses elementos saibam que a sociedade está vigilante.
f) Compartilhe sua bronca com seus amigos próximos e com os principais canais de resistência midiática. Segue uma pequena lista de contatos com os responsáveis pelos canais limpos de informação.
Jornalista Rodrigo Vianna - escrevinhador.rv@hotmail.com
Jornalista Luiz Carlos Azenha - viomundoteve@msn.com; viomundo@msn.com
Grupo Beatrice - beatrice.lista@elo.com.br
Movimento dos Sem Mídia – Eduardo Guimarães - edu.guim@uol.com.br
redecastorphoto - castorphoto@gmail.com
Carta – O Berro - vanderleycaixe@revistaoberro.com.br
Movimento Credibilidade e Ética – credibilidadeeetica@gmail.com
Paulo Henrique Amorim - phamorim@uol.com.br

8.                 Como reagir ao terrorismo midiático na Internet
a) Tenha paciência. Você não vai conseguir suspender a ação desses elementos. Eles têm a cobertura de sigilo de grandes grupos midiáticos que controlam a maior parte dos provedores nacionais.
b) Tenha mais paciência. Há neste Setembro de Foto pelo menos 700 pessoas contratadas pelos grupos políticos neofascistas para distribuir hoaxes e “trollar” (desvirtuar gerando confusão e intriga) debates em redes sociais. Muitas dessas pessoas são temporários, contratados em períodos eleitorais para fazer o jogo sujo da Internet. Outras são emprestadas por parlamentares. Ou seja, ganham do cidadão, isto é, são pagas por você, mas trabalham exclusivamente em campanhas criminosas de desconstrução de reputações pela Internet. Neste momento, os grupos de coordenação de sabotagem estão pagando entre R$ 0,25 e R$ 0,50 por intervenção em rede social para o chamado “pelotão de reforço”.
c) Não compre briga com o remetente do e-mail. Muitas vezes, é um registro vazio, isto é, uma máquina disparadora. Além disso, é conveniente que você continue recebendo esse material e, assim, identifique as táticas dos grupos terroristas.
d) Quando houver suspeita de “crime virtual”, envie imediatamente cópia do material para as autoridades da área.

Alguns canais para que você solicite investigação e apuração da mensagem:

Safernet - http://www.safernet.org.br/site/
Polícia Federal - crime.internet@dpf.gov.br e denuncia.ddh@dpf.gov.br
São Paulo – Delegacia Eletrônica - 4dp.dig.deic@policiacivil.sp.gov.
Rio de Janeiro – DRCI - drci@policiacivil.rj.gov.br e drci@pcerj.rj.gov.br
Distrito Federal: DICAT - dicat@pcdf.df.gov.br
Minas Gerais: DERCIFE - dercifelab.di@pc.mg.gov.br
Paraná – Polícia Civil - cibercrimes@pc.pr.gov.br
Secretaria Nacional de Comunicação do PT - snc@pt.org.br

9.                 Exerça seu direito e torne-se um soldado responsável pela defesa do Brasil
Neste Setembro de Fogo, não há mais tempo para a hesitação e a condescendência.

É necessária a mobilização de cada cidadão digno.

Se você se você se encanta com a liberdade e a fraternidade, se você tem apreço por valores e princípios humanistas, se você se preocupa com o desenvolvimento do país e com o futuro de seus filhos, é hora de agir!

Todos os dias, reserve pelo menos uma hora para ler atentamente o material do consórcio oligarca terrorista e para desarmar cada artefato explosivo armado pelas gangues da desinformação. Obtenha informação descontaminada em sites como estes: www.viomundo.com.br e http://www.conversaafiada.com.br.

Escreva diariamente para todos os jornais e emissoras.

Participe ativamente dos fóruns no jornais e emissoras.

Por pelo menos 30 minutos, participe ativamente das discussões no Orkut, Twitter e outras redes sociais.

Rebata inverdades, denuncie falsidades, indigne-se.

Denuncie a todos os órgãos competentes a prática de crimes virtuais.

Procure dividir seu conhecimento com vizinhos, amigos, parentes e colegas de trabalho. Trabalhe para despertar os brasileiros do transe imposto pela mídia monopolista.

Mauro Carrara, com Credibilidade & Ética
* Se já roubaram uma flor, não permita que agora pisem nosso jardim.


O editorial do Carta Maior: O QUE HÁ DE TÃO COMPROMETEDOR?

LULA BATE DURO EM SERRA E LEVANTA A QUESTÃO QUE A MÍDIA OMITE: POR QUE NÃO MOSTRAM OS SIGILOS? 

aspas para o Presidente Lula em comício neste sábado, em Guarulhos-SP: " ... o bicho [Serra] anda com uma raiva eu não sei de quem. O programa [dele] está pesado, está baixando o nível, está rasteiro. É próprio de quem não sabe nadar, cai na água e fica se debatendo até morrer afogado. É possível fazer uma campanha com nível elevado. Ninguém precisa baixar o nível da campanha. Ninguém precisa tentar transformar a família em vítima. Cade esse tal de sigilo que não apareceu até agora? Cade? Cade esse vazamento? Eu aprendi uma coisa na minha vida. Mentira tem perna curta e quando as pessoas começam a mentir descaradamente (...) Quando as pessoas começam a procurar alguém para responsabilizar pelo seu próprio fracasso, é evidente que a campanha não vai bem. A "loucura" dos tucanos é o êxito de um governo liderado por um torneiro mecânico...".

2.9.10

Onde o poder da grande mídia não chega

Os incríveis índices de aprovação do presidente Lula e do seu governo e a expectativa de que a candidata por ele apoiada vença as eleições ainda no primeiro turno – agora confirmada pela unanimidade dos institutos de pesquisa de "opinião pública" – vem deixando muita gente boa desorientada.

Teóricos de ocasião e autodesignados "formadores de opinião" estão perdidos diante do insucesso da cobertura de oposição sistematicamente praticada pela grande mídia nos últimos anos – aliás, confirmada pela presidente da ANJ em março passado – e têm oferecido explicações sem sentido para salvar as aparências.

Quem forma a "opinião pública"?

Afinal o que é opinião pública? Qual é o papel da grande mídia na sua formação? Quem são os seus formadores? Qual é o papel da mídia – e, portanto, dos jornalistas – na democracia representativa liberal?

A opinião pública tem sido objeto de estudo e reflexão desde pelo menos o século 18 e, no século 20, passou a fazer parte do debate conceitual e teórico na academia. Mais do que isso, seu significado se tornou objeto da própria disputa política de vez que serve aos interesses privados da grande mídia (a) defini-la como resultado das pesquisas que financia ou faz; (b) atribuir a si mesma o papel de "falar em nome da opinião pública"; e, sobretudo, (c) ser considerada como sua principal formadora.

O que está envolvido em tudo isso, por óbvio, é a disputa pelo poder: o enorme poder de "fazer a cabeça" das pessoas.

Descartada pelo marxismo clássico como falsa consciência e ideologia que mascara o interesse de classe, a opinião pública ocupa um papel central nas chamadas democracias consentidas liberais (G. Sartori), pois é considerada, no plano das idéias, o equivalente ao "preço das mercadorias", uma e outro resultantes da livre competição racional no mercado.

A opinião do cidadão informado e esclarecido surgiria do confronto plural de idéias no processo racional de debate público informado pela mídia. O sujeito da opinião, portanto, não seria o membro alienado de uma "massa", mas o cidadão esclarecido de um "público".

Na perspectiva liberal, caberia à mídia, acima dos interesses em jogo, o papel de fornecer ao público a pluralidade e a diversidade das informações necessárias à formação de sua opinião e, claro, à tomada de decisão política, em geral, e eleitoral, em particular. A liberdade da imprensa seria, portanto, a garantia do fluxo livre de informações, responsável pelo funcionamento do mercado de idéias e, em última instância, da própria democracia representativa.

Os excluídos despertam...

Como explicar, então, que, apesar de estar sendo "bem informada", a maioria da opinião pública brasileira esteja se formando politicamente com opinião oposta àquela explicitamente defendida pela grande mídia, ou seja, favorável não só ao presidente Lula, mas ao seu governo e à sua candidata?

Tenho argumentado a algum tempo que a grande mídia insiste em não enxergar a nova realidade (ver, por exemplo, neste Observatório, "A velha mídia finge que o país não mudou"). Certamente são muitas as explicações para o que vem acontecendo em relação à opinião pública brasileira.

Entre elas, com certeza, está a maior diversidade de fontes de informação política hoje disponível [internet] e o crescimento às vezes imperceptível do nível de consciência de camadas significativas da população sobre a mídia comercial, seu enorme poder e seus interesses. E ainda: a crescente consciência de que a comunicação é um direito fundamental da cidadania.

Jovens da periferia de Brasília

Essa longa reflexão vem a propósito de rápido, mas intenso contato que tive com grupos de jovens e educadores populares da periferia de Brasília, discutindo com eles sobre as relações entre a mídia e a violência durante o seminário "A juventude quer viver: diga não à violência e ao extermínio de jovens", realizado na Universidade Católica de Brasília, no último fim de semana.

O acesso às novas tecnologias e as facilidades de filmar, gravar, produzir sons e imagens e distribuí-los a baixo custo nas próprias comunidades periféricas, cria novos "espaços públicos" externos e fora do alcance da grande mídia.

Um exemplo: chega a ser surpreendente o conteúdo de músicas hip-hop que artistas populares criam descrevendo criticamente o padrão de cobertura que a grande mídia oferece sobre o jovem da periferia dos centros urbanos. Basta a esses artistas o confronto da sua realidade cotidiana com o que se escreve, se fala e se mostra a seu respeito. Revela-se comparativamente para milhões de jovens como o seu cotidiano é omitido ou grosseiramente distorcido. Eles são de fato excluídos e assim se consideram.

Para esses jovens, restrições à liberdade de expressão são uma realidade histórica, só que praticadas não pelo Estado, mas exatamente pela grande mídia que não oferece a eles o acesso e o espaço que deveria ser seu de direito [direito de antena].

Novos tempos

Essa realidade começa a ser mudada, todavia, pelos próprios jovens. E sem qualquer participação da grande mídia: são rádios comunitárias, shows de hip-hop, portais na internet, vídeos e outros recursos que começam a formar redes alternativas de comunicação comunitária a serviço da liberdade de expressão de milhares e milhares de jovens da periferia.

Nestes "espaços públicos" a grande mídia não interfere na formação da opinião. Aqui o conteúdo dos jornalões, das revistas semanais e das redes dominantes de rádio e televisão serve, na verdade, para confirmar a exclusão social e cultural, além de alimentar a crítica conscientizadora.

Talvez esteja aí – nas comunidades organizadas de jovens das periferias das grandes cidades – uma das explicações para o retumbante fracasso da grande mídia na formação da opinião pública em relação ao presidente Lula, ao seu governo e à sua candidata à Presidência.

O tempo dirá.


Por Venício A. de Lima em 31/8/2010 no Observatório da Imprensa