10.9.11

Honduras: Em dois dias, dois membros da resistência são assassinados

via operamundi
Um grupo de pistoleiros assassinou, na quinta-feira (08/09), em Porto Cortés, norte de Honduras, o comunicador Medardo Flores, membro da FNRP (Frente Nacional de Resistência Popular) e trabalhador de uma emissora de rádio. O crime aconteceu um dia depois do assassinato de Emmo Sadloo, animador e personagem simbólico da resistência popular. 


Flores era militante do movimento Bloque Popular (que integra a FNRP) e trabalhava na Radio Uno, de San Pedro Sula. Converteu-se no 15° jornalista a ser assassinado nos últimos 18 meses em Honduras. O não esclarecimento desses casos e a impunidade tornaram Honduras um dos países mais perigosos do mundo para o exercício do jornalismo. 

Leia mais: Acordo define retorno de Zelaya e reinserção de Honduras à OEA  Honduras: 11 camponeses são mortos em conflitos por disputa de terra Nem mesmo Zelaya pode garantir sua segurança em Honduras', diz refugiado da resistência  Falta vontade política para resolver problemas de Honduras, diz ativista de direitos humanos 
A morte de Flores ocorreu um dia depois da de Emmo Sadloo, um hondurenho de origem indiana que foi assassinado em sua casa, onde tinha uma borracharia. Segundo os médicos do Hospital Escola, situado na capital hondurenha, Sadloo apresentava cinco impactos de bala, um deles localizado na cabeça e o resto no tórax. 

O ex-presidente de Honduras, Manuel Zelaya, condenou, na quarta-feira (07), o assassinato de Emmo, que o acompanhou quando se refugiou na embaixada brasileira em Tegucigalpa, e exigiu que o governo esclareça o “crime político”. 

Centenas de pessoas acompanharam o corpo de Emmo até o cemitério, em uma carreata que praticamente paralisou Tegucigalpa.Policial infiltrado 

Durante o velório de Emmo, na sede do Colegio de Profesores de Educación Media de Honduras (Copemh), militantes capturaram um policial infiltrado. Segundo a imprensa local, Arturo Ardón Sánchez levava um documento que comprovava que pertencia ao departamento de inteligência da polícia. O policial foi salvo do linchamento por procuradores de Direitos Humanos que se encontravam no local. 

CIA treina assassinos para agirem no mundo subterrâneo da guerra às drogas

Segundo uma fonte da CIA, esses grupos de extermínio estão agindo contra facções de narcotraficantes no México
Por Bill Conroy, do Narco News
Há uma pequena – mas crescente – guerra subterrânea acontecendo no México. No embate, soldados de operações especiais mexicanos são treinados pelos EUA para agirem contra um crescente grupo de organizações de tráfico de drogas que são bem mais violentas do que os velhos cartéis mexicanos.
Esses grupos de assassinos estão atuando há cerca de seis meses, segundo fontes ouvidas pelo site Narco News, parceiro da Pública, 
com o apoio de uma rede sofisticada de inteligência composta por operativos da CIA, civis contratados pelas forças militares americana, e também soldados dos EUA sob o comando do Pentágono. Esse “apoio” consiste em identificar os alvos certos para os matadores mexicanos.
Evidências dessa rede de inteligência têm surgido em jornais americanos e mexicanos, como no New York Times e no El Universal. O NYT publicou que operativos da CIA e contratistas americanos foram alocados em uma base militar americana e o jornal mexicano relatou que tropas de elite dos EUA e do México estavam realizando treinamento conjunto em Colorado no início deste ano.
O Narco News já havia revelado em junho do ano passado que uma força-tarefa de soldados de forças especiais dos EUA estava agindo em território mexicano, auxiliando os militares locais a encontrar os “capos” dos principais cartéis de tráfico de drogas – como as organizações Juarez, Beltran LeyvaZetas eLa Familia.
(É claro que os comandantes do cartel de Sinaloa permaneceram ilesos; se forem verdadeiras as alegações judiciais do líder Vicente Zimbada Niebla, que está preso nos Estados Unidos, houve na verdade um acordo fechado com o governo americano).
Procura-se supervisores para a guerra contra as drogas
Em abril deste ano, o Narco News descobriu um anúncio de uma empresa militar privada contratando pessoas para supervisionar seus contratistas (civis que prestam serviços militares) que atuam no México e coordenar “com oficiais do exército mexicano” em uma dúzia de locais de treinamento no país.
O anúncio revelava mais: que a rede de treinamento de contratistas americanos fazia parte do chamado “Projeto Sparta”, que tem o objetivo de treinar soldados mexicanos em operações de guerra urbana avançada com o objetivo de formar uma “força de elite”.
E concluía: a “nova força de reação especializada” vai apoiar “agências de segurança locais, estaduais e federal” na “guerra contra o crime organizado e os cartéis de drogas”.
A empresa negou, logo depois, ter contratos deste tipo no México e o anúncio foi retirado do site.
Estratégias militares, e não de segurança pública
Uma fonte que conhece bem a situação no México diz que treinamento em táticas de guerra urbana seria essencial para qualquer força interessada em iniciar uma campanha de assalto nos narcogrupos independentes no país.
Só que essas operações em solo mexicano, que contam com a colaboração dos EUA, parecem todas se basear em estratégias militares, e não em preceitos da segurança pública. E aí está a chave da questão: ao contrário da segurança pública, o objetivo militar por excelência é neutralizar o inimigo no campo de batalha – e não levá-lo à justiça.
Segundo o ex-agente da CIA Tosh Plumlee, há pelo menos três times de matadores mexicanos operando no México, nas regiões norte, central e sul do país.
Plumplee, que já foi era piloto contratado pela CIA na América Latina e mantém conexão com a comunidade de inteligência, diz que esses grupos militares de extermínio foram treinados pelos Estados Unidos.
Por trás da nova tática, a multiplicação de mini-cartéis
A estratégia dos governos americano e mexicano de atacar os chefões dos cartéis mexicanos não reduziu o fluxo de drogas entrando nos EUA, nem reduziu o número de atores no tráfico de drogas.
Em vez disso, levou ao surgimento de diversos pequenos grupos independentes que assumiram o vácuo de poder deixado pelos chefões do tráfico quando os policias e militares mexicanos conseguem acabar com um deles.
Isso ocorreu, por exemplo, com o assassinato de Arturo Beltran Leyva , da organização Beltran Leyva, com a captura de Jose de Jesus Mendez Vargas da La Familia, e mais recentemente com a prisão de Jose Antonio Acosta Hernandez da La Linea.
Entre os grupos independentes que emergiram, muitos deles no último ano, estão nomes ainda desconhecidos do grande público como Mano con Ojos, Mata ZetasCaballeros TemplariosCartel de Pacifico SurCartel de Jalisco Nueva Generacion e Cartel del Centro.
Esses grupos são extremamente violentos, já que competem mais intensamente e contra mais organizações por sua parte no negócio de tráfico de drogas e armas, assassinatos de aluguéis, sequestros e extorsões, agindo como organizações criminosas que seguem o “cada um por si”.
Quase sempre são os antigos “braços armados” ou gangues de ruas que prestavam serviços para o chefões dos cartéis.
Esse “efeito Hydra” – o fenômeno da mutiplicação de mini-organizações cada vez que se elimina um chefão do tráfico – se tornou um grande problema tanto para o governo mexicano quanto para os EUA, e também para sua campanha de marketing, que insiste que esses grupos não têm relevância.
Mas a crescente onda de violência causada por esses grupos tem gerado um aumento brusco na taxa de homicídios no México, onde desde 2006 cerca de 50.000 pessoas, incluindo muitos civis inocentes e até crianças, foram atingidas pela selvageria da guerra contra às drogas.
Cerca de metade  dessas mortes ocorreram nos últimos 18 meses, marcando o crescimento das mini-organizações criminosas.
Tosh Plumplee
E a resposta a essa nova ameaça, de acordo com uma fonte ouvida pelo Narco News, o ex-agente da CIATosh Plumlee, tem sido pegar 
uma página da “Solução El Salvador”, adaptá-la aos dias de hoje, e ir atrás destes grupos de maneira encoberta — utilizando unidades de extermínio altamente treinadas cuja missão é “neutralizar” os seus líderes antes que eles possam consolidar seu poder.
Em El Salvador, nos anos 80, os militares americanos treinaram grupos de extermínio para acabar com a guerra contra o grupo guerrilheiro Frente Farabundo Martí para la Liberación Nacional – FMLN. Em 2005, a revista americana Newsweek revelou planos do Pentágono de utilizar a mesma estratégia contra grupos insurgentes que estavam surgindo no Iraque e no Afeganistão.
Em junho do ano passado o Narco News revelou que uma força-tarefa de forças especiais americanas, sob o comando do Pentágono, estava operando no México.
A reportagem era baseada em informações dadas por Plumlee.
Pouco depois, um relatório diplomático vazado pelo WikiLeaks comprovou que a unidade da marinha mexicana que conduziu a operação contra o chefão Arturo Beltran Leyva “recebeu treinamento extensivo dos EUA” — o que ajudou a comprovar a história do envolvimento americano na guerra aos chefões mexicanos.
De acordo com Plumlee, membros da mesma força-tarefa de forças especiais dos EUA estão agora fornecendo apoio de inteligência e treinamento para os times de assassinos mexicanos que foram montados para alvejar as novas mini-organiações criminosas.
A missão dessas unidades de ataque é, segundo Plumlee, “neutralizar” os alvos, ou seja: assassinar os traficantes.
Esse parece ser um novo foco, já que antes os militares mexicanos estavam caçando os cabeças dos cartéis para prendê-los, se possível.
De acordo com Plumlee, os antigos “cartéis” também vêem esses mini-grupos como inimigos que ameaçam seu modelo de negócios. “Parte da inteligência sendo obtida sobre esses novos grupos está vindo na verdade de membros dos Zetas”, diz ele.
Os grupos de extermínio das forças militares mexicanas teriam sido treinados pelos EUA, mas Plumlee afirma não saber exatamente onde. Plumlee também afirma que os membros da força-tarefa militar americana estão ajudando os mexicanos a identificar e verificar quais seriam os principais alvos.
Clique aqui para ler a reportagem original, em inglês.

Presidenta Dilma aceita convite de Hugo Chávez para visitar a Venezuela ainda em 2011

via Blog do Planalto

Em telefonema no início da tarde desta sexta-feira (9/9), o presidente venezuelano, Hugo Chávez, convidou a presidenta Dilma Rousseff a realizar visita oficial à Venezuela ainda este ano. Segundo o porta-voz da Presidência da República, Rodrigo Baena, a presidenta aceitou o convite e a viagem deve ser marcada para antes da Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), prevista para os dias 2 e 3 de dezembro.
Os presidente se congratularam sobre o acordo entre a Petrobras e estatal venezuelana do petróleo, PDVSA, sobre a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. O acordo fixa o cronograma de obras e a liberação dos recursos que viabilizam a sociedade entre as duas petrolíferas para a construção da refinaria. O presidente Chávez disse que o acordo potencializa a integração energética entre os dois países, dadas as possibilidades ainda existentes na área de gás e petroquímica.
A presidenta Dilma Rousseff agradeceu carta enviada por Hugo Chávez por ocasião do Dia da Independência do Brasil e perguntou, ainda, sobre seu estado de saúde. Em resposta, o presidente venezuelano disse que se recupera bem, informou Rodrigo Baena.

Uma década depois e o 11/9 desperta cada vez mais desconfiança na opinião pública mundial

via Correio do Brasil

“Não se trata de estabelecer se a guerra é legítima ou não. A vitória não é possível. A guerra não é feita para ser vencida, é feita para não acabar nunca”. George Orwell, em 1984
11 de Setembro
Os eventos ocorridos em Nova York, o 11 de Setembro, permanecem encobertos por uma camada de mistério e denúncias de fraudes por parte dos republicanos
Prefeito de Nova York, o milionário Michael Bloomberg reafirmou, nesta sexta-feira, a existência de informações, ainda não confirmadas, de que um novo atentado terrorista estaria planejado para este domingo, quando se completam dez anos dos atentados do 11 de Setembro.
– Sabemos que terroristas consideram aniversários uma oportunidade de atacar de novo. Vivemos em um mundo em que temos de levar essas ameaças a sério – disse o prefeito, em tom grave.
A cidade de Nova York vive há semanas em estado de alerta para as homenagens ao 11 de Setembro, com equipes antibomba, cães farejadores, vigilância reforçada em túneis e pontes e bloqueios em ruas. Segundo o Departamento de Segurança Nacional, há uma ameaça “crível e específica”, mas ainda não confirmada, de ataque terrorista. O departamento não deu mais detalhes.
Na quarta-feira surgiram informações sobre uma bomba atrelada a um veículo, que poderia ser detonado em Nova York ou Washington; o presidente norte-americano, Barack Obama, e os serviços de inteligência norte-americanos receberam essa informação nesta quinta, à noite. Segundo a diretora-assistente do FBI (a polícia federal dos EUA), Janice Fedarcyk, durante a operação em Abbottabad (Paquistão) – que resultou na morte do líder da al Qaeda, Osama Bin Laden -, foram apreendidos documentos que mostram que a rede terrorista tinha um interesse considerável em datas e aniversários específicos, como o 11 de Setembro.
O pesadelo do 11/9 é uma constante na vida dos nova-iorquinos. O chefe de polícia de NY, Ray Kelly, determinou um aumento nas revistas de bagagens nas estações do metrô ao menos até a próxima segunda-feira, além de um aumento de 30% nas equipes de patrulha das ruas e nas equipes de resposta rápida a ameaças e de vigilância reforçada em prédios do governo e em locais religiosos. As agências de segurança vão realizar exercícios de segurança nas principais estações ferroviárias e de metrô e na Times Square, nas próximas horas.
O prefeito disse que a polícia está bem preparada, já que conseguiu combater ao menos 12 possíveis ataques terroristas desde 11 de setembro de 2001.
– O melhor que podemos fazer para combater o terror é nos recusarmos a nos deixarmos intimidar. Nos últimos dez anos, não permitimos que os trerroristas nos intimidassem, vivemos nossas vidas e vamos continuar a fazê-lo – sentencia Bloomberg.
Estudo do terror
Até agora, mesmo depois de uma década do maior atentado já sofrido por norte-americanos no país deles, todos os fatos corroboram o projeto intitulado Um Novo Século para os EUA (The Project for the New American Century), lançado um ano antes da série de acontecimentos que deram origem ao 11 de Setembro. Segundo o relatório, após a queda do Muro de Berlim os EUA precisariam de um novo inimigo a combater, uma vez que ‘o fantasma do comunismo’ teria sido exorcizado com o fim da União Soviética.
“Além disso, o processo de transformação (social), mesmo que provoque mudanças revolucionárias (para a implantação global do capitalismo e daPax norte-americana), tem a probabilidade de de ser longo, isse se não houver alguns eventos catastróficos e catalisadores – como um novo Pearl Harbor”, diz o documento, um ano antes da queda do World Trade Center (WTC).
“(O que exigimos é) um aparato militar forte e pronto a atender ambos os desafios, presentes e futuros; uma política externa que com ousadia e propositadamente promove os princípios norte-americanos no exterior e, em nível nacional, eleve uma liderança que aceita os Estados Unidos com todas as suas responsabilidades globais”, acrescenta o relatório assinado por William Kristol, Robert Kagan e Devon Gaffney Cross, três republicanos de alta patente, todos eles ligados às facções mais à direita do partido, conhecida como Tea Party, e íntimos colaboradores do ex-presidente George W. Bush.
Projeto para o Novo Século Norte-Americano se travestiu de organização educacional sem fins lucrativos, dedicada a incutir “algumas proposições fundamentais: que a liderança norte-americana é boa tanto para a América do Norte e para o mundo, e que tal liderança exige força militar, diplomática de energia e compromisso com o princípio moral. O Projeto pretende, através de boletins temáticos, trabalhos de pesquisa, o jornalismo dirigido aos interesses da instituição, conferências e seminários, explicar o que implica a liderança mundial norte-americana. Ele também se esforçará para conseguir apoio para uma política vigorosa e de princípios de participação internacional norte-americana e para estimular o debate público sobre política externa e de defesa e papel da América do Norte no mundo”, diz o prólogo do estudo.
O republicano William Kristol, de 59 anos, é um ferrenho adepto do Tea Party e atua como analista político e comentarista da rede norte-americana de TV Fox News, maior ponto de apoio da Era Bush para as guerras no Iraque e no Afeganistão. Ele também é o fundador e editor da revista política The Weekly Standard, que defende as ideias mais radicais da direita norte-americana. Seu colega e co-patrocinador do relatório, Robert Kagan se formou na Universidade de Yale e foi integrante da ordem ocultista Skull and Bones, berço dos Illuminati, uma ordem de líderes da extrema-direita com objetivos difusos, mas todos voltados à supremacia da raça branca e dos princípios republicanos. Ele foi o consultor político para assuntos internacionais na campanha derrotada de John McCain.
O terceiro signatário do documento é Devon Gaffney Cross, integrante da diretoria do Linconln Group, organização formalmente conhecida comoIraqex, voltada para os assuntos referentes à ‘reconstrução’ daquele país, devastado pela guerra iniciada logo após os eventos do WTC. Ele atua, em Washington, D.C., com as operações militares dos EUA no Iraque, principalmente na área de Relações Públicas. Em 2005, uma reportagem do Los Angeles Times revelou que a Iraqex detinha um número não inferior a US$ 100 bilhões em contratos de propaganda, desenvolvimento de produtos e de estratégias comerciais, distribuição e logística entre outros.
Denúncias de fraude
O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, não é o que se pode considerar um hóspede bem-vindo nos EUA, mas no ano passado ele fez por onde merecer o ódio dos republicanos. Em plena sessão plenária das Nações Unidas, disse com todas as letras o que cineastas, jornalistas e parlamentares às centenas já apregoam nas redes sociais há uma década e acusou a direita norte-americana de promover a maior fraude de todos os tempos com os supostos atentados às Torres Gêmeas.
Já em 2004, o cineasta Michael Moore produziu um especial sobre o 11 de Setembro. O filme tem cerca de duas horas e lotou as salas de exibição nos Estados Unidos e nos demais países onde foi exibido. Originalmente ele foi produzido por uma empresa filiada à Disney Produções, contudo, a empresa se recusou a exibi-lo, quando viu o resultado final. A recusa é fácil de entender porque a Disney tem sua sede na Flórida, Estado lhe confere várias isenções fiscais e o irmão do presidente Bush, Jeb, era o governador do Estado.
Michael Moore venceu a batalha. A Disney manteve sua posição de não exibir o filme, mas concordou em vendê-lo para outra produtora. O documentário trazia denúncias gravíssimas sobre como o presidente Bush levou o Congresso e as pessoas a pensarem que Saddam Hussein teria alguma coisa a ver com os atentados em Nova Iorque. Mas o enfoque principal do filme é uma bomba para George W. Bush. Ele diz claramente que a família Bush teria negócios com a família Bin Laden.
É exibida uma relação de vôos que saíram dos EUA com destino à Arábia Saudita levando 24 pessoas da família de Osama Bin Laden, no dia 13 de setembro, mesmo com a proibição de todos os vôos nos dias seguintes ao atentado. A Halliburton, empresa que o vice-presidente, Dick Cheney, presidiu por cinco anos também é citada. Várias pessoas dão depoimento sobre os enormes lucros que a empresa obteve desde que os EUA invadiram o Iraque.
Cenas de iraquianos mortos e feridos dão o toque chocante do filme. Há uma passagem que mostra o terror de uma família que tem sua casa invadida no meio da noite por marines. O presidente é mostrado vezes como um idiota completo, vezes como incompetente e outras vezes como alienado. Os soldados norte-americanos também dão declarações. Eles mostram o CD de música que é colocado nos tanques de guerra e a música é transmitida para o capacete. Ao melhor som do heavy metal eles dizem que isso os excita a atacar o inimigo. O documentário faz sérias denúncias e faz com que quem o assiste pense várias vezes sobre os motivos e as conseqüências da guerra.
Outras tantas produções se esmeram em mostrar como as Torres Gêmeasforam implodidas, junto com o edifício ao lado, o WT7, logo após o lançamento dos aviões nos edifícios. Da mesma forma, tentam provar que o Pentágono, em Washington DC, foi atingido por um míssil e não por um avião. Um dos documentários chega a mostrar o repórter da rede norte-americana de TV CNN dizendo que “não há asas” nos restos em chamas do petardo que acertou uma área em construção do complexo militar norte-americano.

9.9.11

Habanastation: una sensible historia de la pureza infantil

via Radio 26 - Matanzas


Los protagonistas de Habanastation miran el mundo a su manera desde una misma ventanaMuchos creyeron, tras ver el filme cubanoHabanastation, que estaban ante una clara denuncia a las diferencias sociales, más evidentes en Cuba después de los años 90 del pasado siglo.

Sin embargo, los cinéfilos más avezados comprendieron que tras esa lectura está una bella historia que nos habla de la pureza infantil, de la ingenuidad, de la solidaridad.

Habanastation, del realizador cubano Ian Padrón, nos convida a mirar a nuestros niños, a conocerlos mejor, a preguntarles qué es lo que verdaderamente necesitan para ser felices.

Nos muestra, sí, una sociedad donde hay diferencias, sino abismales, por lo menos bastante grandes. Nos muestra una Habana de barrios elegantes y otros marginales. Una Cuba de familias con mucho y otras con poco.

Pero esto resulta conocido y estudiado. Es una realidad con la que convivimos y que es imposible cambiar completamente en el futuro más inmediato.

La opulencia y la escasez de las familias protagonistas es simplemente parte de la escenografía psicológica que expone Habanastation, un filme que habla en verdad de que, para los niños es más importante el amor que los juguetes y que la amistad está por encima de todo.

El Play Station es un pretexto para desencadenar una bella historia del nacimiento de la amistad entre dos niños que estudian juntos, pero que están separados por un abismo entre sus comportamientos como estudiantes y sus posibilidades económicas.

Dos niños que se encuentran por casualidad y pasan todo un día juntos, mientras liman sus diferencias para reafirmarse como los mejores amigos.

Uno, habitante de una casa enorme en un buen barrio habanero de calles desiertas y tranquilas, con un padre músico que le compra los mejores juguetes y que va todos los días en carro a su escuela.

El otro, un pequeño que vive solo con su abuela en un barrio marginal, en una casa pobre, con un padre preso, tratando de sobrevivir entre la violencia y la pobreza.

La película transcurre mientras el de más posibilidades económicas va insertándose en el mundo de su compañerito de escuela y descubre conceptos ajenos para él como compartir, ayudar, jugar en la calle, aprender a defenderse o mojarse en la lluvia.

A los niños los hace iguales desde el principio la escuela, los uniformes, la maestra, los libros, pero la película culmina igualándolos más allá, en su interior, en sus ideas sobre lo que verdaderamente necesitan: libertad, tiempo, lealtad y amor.

Habanastation es sobre todo una película para los padres que intentan llenar con aparatos sofisticados el tiempo que no tienen para sus hijos. Es un mensaje desde la inocencia para un mundo que cada vez se preocupa más por 
lo material y olvida que la vida del hombre es sobre todo espiritual.

Trailer

8.9.11

Camila Vallejo: “Soy militante de las Juventudes Comunistas… algo de lo que me siento totalmente orgullosa”

via La pupila insomne

No es fácil conseguir una entrevista con Camila Vallejo. Literalmente, hay que ponerse en la fila entre varios periodistas chilenos y extranjeros para robarle un pedacito de su agenda. No es amiga de la prensa chilena, mayoritariamente de derecha. Y se nota. Aun así, la joven de 23 años responde con esa claridad que la ha llevado a convertirse en el rostro más visible del movimiento estudiantil que tiene en jaque al gobierno de Sebastián Piñera y que ve cómo el modelo neoliberal que defiende tambalea a causa del descontento social liderado por la fuerza de los estudiantes y secundado por los profesores, los trabajadores y miles de rostros anónimos que se aburrieron de los abusos a todo nivel. Pues bien, la egresada de geografía de la Universidad de Chile y presidente de los alumnos de ese establecimiento encabeza una nueva camada de líderes que no sufrieron los horrores de la dictadura, se enfrentan con desfachatez a autoridades que hasta les triplican la edad y se lucen en el escenario donde les toque defender sus ideas, como ha quedado demostrado en el Congreso chileno, canales de TV y las redes sociales. La solidez de sus argumentos, tildados muchas veces de intransigentes, no son obstáculos para que Camila, nieta de un ex integrante del Movimiento Izquierdista Revolucionario (MIR) e hija de militantes comunistas, logre convocar a miles de chilenos en las calles, consiga el 80 por ciento de adhesión ciudadana a las demandas estudiantiles y cientos de chicas –sin ella quererlo– imiten su look de jeans gastados, pañuelo artesanal al cuello y piercing en la nariz.
Hoy Vallejo y los demás líderes secundarios y universitarios se sentarán a la mesa junto a Piñera y varios de sus ministros a intentar destrabar un conflicto que se extiende ya por más de tres meses. La Moneda será el marco para una jornada que puede marcar el inicio del fin. O tal vez no, dado que el presidente ya descartó la gratuidad de la educación, uno de los puntos centrales del petitorio de los universitarios y secundarios.
–Muchos chilenos se van a Argentina a estudiar porque les sale más barato pagar una pensión allá que una carrera en Chile. Según la Asamblea de Estudiantes Chilenos Exiliados por la Educación, son entre 4500 y 5000, repartidos en la UBA, La Plata y el IUNA.
–Es un hecho claro que ejemplifica el porqué hoy nos encontramos en medio de una lucha tan masiva y transversal. Vivimos en un país donde la educación, junto a otros servicios básicos, como la salud y la vivienda, son tremendamente caros y, por ende, su provisión de calidad está restringida sólo a quienes pueden pagar. De este modo, una de nuestras principales consignas es la defensa de una Educación digna gratuita y de calidad para todos y todas.
–¿Cuán consistente es este movimiento para resistir al espectro político, no sólo en la derecha y el gobierno?
–El movimiento cuenta con una serie de fortalezas tales como la amplitud que sobrepasa lo meramente estudiantil y lo transforma en un movimiento social; la unidad de los diferentes actores ligados al mundo educacional, quienes tras un largo proceso han podido aunar esfuerzos en pos de generar petitorios unificados; la representatividad del sentir de la ciudadanía, en tanto ha habido procesos democráticos a través de los cuales las discusiones definen las mejores estrategias a utilizar; y, finalmente, cuenta con la experiencia histórica de los diferentes movimientos que nos han precedido, como lo fue el movimiento pingüino del 2006 (la cuna del moviendo actual que tuvo en las cuerdas a Michelle Bachelet, pero que no dio los frutos prometidos). De todas estas herramientas el movimiento se vale para hacer frente a las diferentes artimañas que pueden surgir de la misma articulación de la derecha como del gobierno, de las que, hasta el momento, nos hemos sabido defender.
–¿Qué le parece la actuación del gobierno en el tema? No ha dado respuesta a sus demandas, hace declaraciones desafortunadas e intenta darles un perfil violento a las marchas.
–El gobierno no está escuchando a la ciudadanía, lo que evidencia que está tan dispuesto a seguir defendiendo intransigentemente su modelo educativo que incluso asume el costo de omitir lo que el pueblo ha demandado masivamente durante más de tres meses. Han explotado al máximo las herramientas con las que cuenta junto a la derecha chilena –medios de comunicación, fuerza policial y militar, respaldo de los grandes grupos económicos– para deslegitimar el movimiento, basándose en la mentira tras estrategias populistas. La presión social que este movimiento ha logrado acumular ha obligado a Piñera a mostrar de qué está hecho este gobierno, cuáles son los límites democráticos que está dispuesto a cruzar y a quiénes representa realmente, lo que constituye un enorme desprestigio y desaprobación de su gestión, lo que ya se manifestó en las últimas encuestas, que históricamente ellos mismos han validado. El cuestionamiento a la incapacidad de manejar la demanda social por una educación pública gratuita y de calidad para todos alcanza nuevos niveles en tanto el grado de represión ha sobrepasado cualquier límite de tolerancia de un Estado de Derecho. Durante estos meses de protesta, hemos sido testigos de aberrantes abusos por parte del cuerpo policial, bajo órdenes del Ejecutivo, a través del ministro del Interior y Seguridad Pública, Rodrigo Hinzpeter, lo que llega a su punto más crítico con la muerte de un estudiante la semana pasada.
–¿A qué atribuye el apoyo de la gente?
–Este movimiento ha alcanzado una masividad y transversalidad que nunca antes se había visto desde el retorno a la democracia (1990). Un enorme porcentaje de quienes en su momento apoyaron a Piñera hoy se dan cuenta de que éste no es un ataque directo a su posición sino a un modelo de educación que concibe a la educación como un bien de mercado y no como un derecho, y a un sistema democrático que hoy se reconoce que no da el ancho. El cuestionamiento de la conducta del gobierno por parte de ciudadanos que incluso pertenecen a sectores que en su momento apoyaron al actual presidente deja de manifiesto que sí existe el entendimiento de que la lucha que hoy tenemos es por un derecho a la Educación y un cambio de sistema que va en beneficio de toda la sociedad y el desarrollo de Chile, y no se limita al beneficio de un sector político particular.
–¿Se polarizó el movimiento?
–Para entender este conflicto hay que analizarlo desde dos aristas, por un lado tenemos que en la población la problemática educacional se ha transversalizado, lo que ha generado un apoyo masivo al movimiento desde diversos sectores y actores ligados a la educación. Sin embargo, por otro tenemos a un sector mucho más minoritario e ideológico representado en las clases dominantes, a quienes no les conviene un cambio en la educación, tanto porque el actual sistema beneficia directamente sus bolsillos como porque los mantiene en su posición de privilegiados frente a una población mal educada. Es producto de la intransigente postura de este último sector que las dos grandes alternativas educativas hoy se hayan polarizado. Es decir que la polarización no se encuentra al interior del movimiento estudiantil –el que ha sabido priorizar la unidad actuando en forma conjunta–, sino que representa una enorme contradicción entre los cambios que hoy la ciudadanía está exigiendo frente a una minoría conservadora cuyos intereses el Ejecutivo representa.
–Ha sufrido críticas y ataques. ¿Qué siente cuando dicen que está manejada por el PC?
–Efectivamente, yo soy militante de las Juventudes Comunistas de Chile y eso es algo que nunca he ocultado. Muy por el contrario, algo de lo que me siento totalmente orgullosa, pues es una gran escuela que me ha permitido crecer y de-sarrollarme políticamente. Por lo demás, es de esperar que en la actual situación quienes no estén a la altura del conflicto busquen argumentos como éstos para atacar, no sólo a mi persona, sino también al resto de los dirigentes. Pero lo cierto es que hoy yo represento no sólo a los estudiantes de la Universidad de Chile, sino que también me toca ser la voz de todos los estudiantes del país, en tanto vocera de la Confederación Nacional de Estudiantes de Chile (Confech), y la legitimidad que tanto los estudiantes como la ciudadanía ha efectuado a mi desempeño creo que deja de manifiesto que esas acusaciones no son más que sucias estrategias desesperadas de quienes, como dije anteriormente, no han sido capaces de ganar el debate de las ideas.
–¿Se plantea seguir siendo dirigente a futuro, más en un país carente de líderes jóvenes?
–En países como Chile, donde los medios de comunicación están dirigidos principalmente por los poderosos, ocurre que los medios fomentan un desprestigio de los movimientos sociales y a sus mismos dirigentes, como ocurrió en México. Sin embargo, el movimiento por la educación (en Chile) ha sido tan transversal que, independiente de los desprestigios de la prensa, la ciudadanía sigue apoyando la causa y cada vez con más intensidad. Respecto de mi futuro, he planteado en diversos medios que tengo una proyección personal de carácter académico, es decir, me gustaría terminar mi carrera y continuar esa senda. Sin embargo, concibo los cargos de representación como una responsabilidad y en ningún caso un privilegio, por lo que a priori no puedo decir que no continuaré teniendo cargos de representación popular.
–¿Cómo toma esa responsabilidad?
–Creo que la esperanza en que los logros de este movimiento no se pierdan, así como la responsabilidad tras ella, es compartida por la totalidad de los involucrados. Si bien a veces suele iconizarse el movimiento en mi persona, tenemos muy claro que los logros, como la construcción de éstos, nos pertenecen a todos. Confío, sin embargo, en que hemos hecho las cosas bien, lo que se demuestra por el increíble apoyo ciudadano que, a más de tres meses de iniciada esta movilización, aún tenemos. Bajo estas condiciones de juego, si el movimiento no logra ver satisfechas sus demandas, será responsabilidad de la intransigencia del gobierno y de la traición de la ciudadanía por parte de la derecha chilena, lo que no estaremos dispuestos a tolerar.
–¿Qué opina del rol de la Concertación en todo esto?
–La Concertación ha jugado un rol bastante oportunista tratando de obtener réditos políticos respecto de lo que ocurre hoy en el país. En ese sentido vemos cómo hoy personeros de dicha colectividad salen a criticar el modelo educacional, como por ejemplo el ex presidente Ricardo Lagos, quien hoy señala “que el modelo ya no aguanta más”, y pareciera que olvidan que ellos mismos fueron quienes administraron y profundizaron la mercantilización de la educación y que, por otro lado, un importante sector de dicha colectividad hoy son sostenedores de colegios e invierten en el negocio de la Educación Superior. A pesar de esto, dado el nivel de participación que tiene la Concertación en el Parlamento, le corresponde responder a la altura de lo que sus declaraciones a favor del movimiento han indicado. Es decir, deben asegurar que los proyectos de ley que han surgido de estas movilizaciones representen íntegramente lo que la demanda social ha establecido, y por ningún motivo vuelvan a negociar a espaldas del movimiento, como terminó ocurriendo con el proceso cúlmine de la Revolución Pingüina del 2006. (Tomado dePágina 12)