10.3.12

Ato na embaixada dos EUA pede liberdade para os cinco cubanos

via Carta Maior

Ato na embaixada dos EUA pede liberdade para os cinco cubanos

Cerca de 500 militantes ligados à Coordenação dos Movimentos Sociais protestaram em frente à embaixada norte-americana, nesta quarta-feira, em Brasília, pedindo a imediata libertação dos cinco cubanos presos nos Estados Unidos. Antonio Guerrero, Fernando González, Gerardo Hernández, Ramón Labañino e René González foram presos nos EUA há quase 13 anos. A história dos cinco é contada pelo livro “Os últimos heróis da Guerra Fria”, de Fernando Morais.

Cerca de 500 militantes ligados à Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) protestaram em frente à embaixada dos Estados Unidos, em Brasília, na tarde da última quarta-feira (7). Eles pediram aos estadunidenses a imediata libertação dos cinco cubanos presos injustamente, mas foram friamente recebidos.

Mais de 50 policiais militares do Distrito Federal foram deslocados para a porta da embaixada. Uma vendedora ambulante foi orientada a fechar sua barraca minutos antes da chegada dos manifestantes. Após alguns minutos de fala em um carro de som, a coordenação do ato entregou uma carta endereçada ao embaixador Thomas Shannon. Um funcionário estadunidense se deslocou até o portão que dá acesso à rua para recebê-la, deu sua assinatura para registrar a entrega e voltou para a embaixada sem fazer qualquer declaração. 

De acordo com Ismael José César, secretário de políticas sociais da CUT, a carta pede ao embaixador que transmita ao presidente Barack Obama o recado do Comitê Brasília pela Libertação dos Cinco Cubanos e do Grupo Parlamentar de Amizade Brasil-Cuba: a imediata libertação dos cubanos que lutavam contra o terrorismo nos EUA. 

“A atividade que eles desenvolviam era de anti-terrorismo. Eles monitoravam grupos terroristas anti-castristas nos EUA e repassavam as informações para os governos de Cuba e dos EUA. Ou seja, os americanos sabiam que eles estavam lá”, explicou César.

Antonio Guerrero, Fernando González, Gerardo Hernández, Ramón Labañino e René González foram presos nos EUA há quase 13 anos, condenados por espionagem, conspiração e por responsabilidade na derrubada de um avião civil que sobrevoava ilegalmente o espaço aéreo de Cuba. A história dos cinco e de outros cubanos que se infiltraram nos EUA é contada pelo livro “Os últimos heróis da Guerra Fria”, lançado em setembro do ano passado pelo jornalista e escritor Fernando Morais. 

De acordo com César, existem mais de 200 comitês pela libertação destes cubanos em todo o mundo. A próxima iniciativa do comitê no Brasil será buscar a Nunciatura Apostólica para que ela solicite ao Papa Bento XVI, que visitará Cuba em abril, que apoie a causa.

A cachoeira pode se transformar em tsunami

via brasil247

A cachoeira pode se transformar em tsunamiFoto: Divulgação

ESPERA-SE, PARA AS PRÓXIMAS HORAS, A LIBERTAÇÃO DO MAFIOSO CARLINHOS CACHOEIRA, QUE MANDAVA NO GOVERNO DE GOIÁS, PRESENTEAVA SENADORES, CONTROLAVA DELEGADOS E ERA UM DOADOR UNIVERSAL DA POLÍTICA. O PÂNICO: ELE PODE TER FEITO ACORDO DE DELAÇÃO PREMIADA PARA REDUZIR SUA PENA

O pedido de habeas corpus já foi apresentado pelo advogado Ricardo Sayeg, que defende o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Nele, sugere-se que o mafioso deixe a prisão de segurança máxima onde se encontra, em Mossoró (RN), e passe a ser monitorado por tornezeleira eletrônica, em prisão domiciliar. Em Goiânia, dá-se como líquido e certo que o bom amigo de todos os políticos goianos voltará para casa neste sábado. Já estão até sendo preparadas faixas para esperá-lo no aeroporto.
Ocorre que a cachoeira de lama em Goiás tem tudo para se transformar numa tsunami – exatamente um ano depois da tragédia de Fukushima. Isso porque se especula que ele tenha feito um acordo de delação premiada, que permite a redução de até dois terços da pena. Se isso for verdade, Cachoeira terá seguido o exemplo de outro homem-bomba que foi capaz de abalar um governo: o policial Durval Barbosa, que era um dos maiores corruptores de Brasília, mas se encontra em liberdade por ter aberto as comportas da Operação Caixa de Pandora.
Sem a delação premiada, Cachoeira corre o risco de passar o resto da vida atrás das grades. As acusações que pesam com ele vão de formação de quadrilha a corrupção ativa, passando por espionagem clandestina e exploração ilegal do jogo. Prato cheio para uma condenação exemplar, que poderia mantê-lo preso pelo resto da vida. Num cenário de delação, o quadro seria outro. E eis algumas dúvidas que ele poderia esclarecer:
- Quais foram os nomes de todos os delegados indicados por ele na polícia militar de Goiás?
- Como foi sua participação na campanha que elegeu o governador tucano Marconi Perillo?
- Qual foi o material preparado pelo sargento Idalberto Martins, vulgo Dadá, na campanha eleitoral de Perillo?
- Quais são suas relações com o senador Demóstenes Torres (DEM/GO) e que assuntos foram tratados nas 298 ligações telefônicas?
- Por que decidiu presentear o senador com uma cozinha completa avaliada em R$ 47 mil?
- Quais foram os políticos, de todos os partidos, que receberam doações, por dentro e por fora, de suas empresas?
- Qual é sua relação com a Delta Engenharia e por que tinha livre acesso ao caixa da empreiteira em Goiás? Havia alguma sociedade?
- Qual é a sua relação com o delegado e deputado Protógenes Queiroz (PC do B) e como foram seus encontros, com a presença do sargento Dadá?
Por essas e outras, já dá para imaginar o pânico que a eventual soltura de Carlinhos Cachoeira provoca nos meios políticos.
E não apenas de Goiás.

ARGENTINA / Militares de la dictadura también secuestraron y torturaron a empresarios para despojarlos de sus bienes

via enfoques365


'No teníamos militancia política ni relación con el gobierno, pero nos robaron todo, las siete empresas y el avión de la firma. No nos mataron de casualidad', contó Alejandro Iaccarino, que era un próspero empresario lechero en los años 70. Realizan un registro con más de 600 casos de empresas liquidadas, vaciadas, intervenidas o apropiadas con fines de robo, o por no ajustarse al modelo económico aperturista de la dictadura militar.

Familiares y otros testaferros de los dictadores
 militares se apropiaron de empresas cuyos dueños
 fueron secuestrados y torturados para que las cedieran
 o vendieran a precios viles.
.
A medida que avanzan los juicios contra represores de la dictadura argentina (1976-1983), salen a luz los delitos económicos perpetrados por el régimen contra más de 600 empresarios desposeídos de sus bienes.
"No teníamos militancia política ni relación con el gobierno, pero nos robaron todo, las siete empresas y el avión de la firma. No nos mataron de casualidad", contó Alejandro Iaccarino, que era un próspero empresario lechero en los años 70.

Se prevé que su demanda por reparación llegue a juicio este mismo año, en cuanto concluya el actual proceso contra los dos oficiales de policía acusados de secuestrarlo a él y a sus dos hermanos, "con el único objetivo de desapoderarnos de todo", aseguró Iaccarino en entrevista con IPS.

La previsible condena contra los dos reos, ya presos, por privación ilegitima de libertad y otros delitos conexos, es el requisito necesario para que pueda abrirse el proceso sobre la reparación por daños económicos y morales.

El de los Iaccarino es uno de los más emblemáticos delitos económicos del régimen y, según adelantó a IPS la abogada de la familia, Florencia Arietto, "será la primera vez que se pida al Estado una reparación patrimonial por el despojo de bienes".

La Secretaría de Derechos Humanos de la Nación es consciente de que el de Iaccarino no es un hecho aislado y, por eso, creó una unidad especial de investigaciones sobre delitos de lesa humanidad, cometidos con motivación económica durante el régimen.

La unidad está realizando un registro con más de 600 casos de empresas liquidadas, vaciadas, intervenidas o apropiadas con fines de robo, o por no ajustarse al modelo económico aperturista de la dictadura.

Estos casos quedaron invisibilizados hasta ahora por los horrores de la represión que se saldó con unos 30.000 desaparecidos, según fuentes no gubernamentales. Entre ellos hay los de empresas avícolas, textiles y vitivinícolas, además de imprentas, siderurgias, papeleras y bancos.

Hubo también empresarios que colaboraron con el despojo, como cómplices contra sus competidores o como denunciantes de trabajadores, sindicalistas o abogados laboralistas vinculados a sus firmas.

En enero, un fiscal de la norteña provincia de Jujuy pidió que los tribunales citaran como imputado al empresario Pedro Blaquier, dueño del Ingenio Ledesma, situado en la localidad de Libertador General San Martin.

La solicitud es parte de una causa en la que se investiga una redada efectuada en 1976, cuando se llevaron a unas 400 personas, de las cuales 55 siguen desaparecidas. En ese operativo se utilizaron camionetas con el logo de esa empresa agroindustrial.

En cambio, uno de los casos de empresarios despojados fue el de la familia Paskvan, con establecimientos avícolas en las provincias de Buenos Aires, en el oriente, y Santa Fe, en el centro. El caso fue aceptado en 2011 por la Corte Interamericana de Derechos Humanos, el inapelable tribunal continental con sede en Costa Rica.

También está bajo proceso la causa de Federico Gutheim y su hijo Miguel, dueños de la empresa textil Sadeco, que fueron secuestrados por el régimen y, bajo cautiverio, obligados a renegociar un contrato de exportaciones con una firma de Hong Kong.

Se investiga asimismo lo sucedido con la firma Papel Prensa, proveedora de papel para diarios. Su dueño, David Graiver, murió en un accidente aéreo en 1976. Su familia fue secuestrada y obligada a traspasar acciones de la empresa bajo tortura.

Pero el caso Iaccarino tiene una característica única, según la abogada, que es la cantidad de pruebas documentales resguardadas por la familia que develan la trama del despojo.

Los dos hermanos del empresario y su padre fueron secuestrados en noviembre de 1976 en la norteña provincia de Santiago del Estero, donde la familia tenía 25.000 hectáreas de campos y cabezas de ganado. Casi simultáneamente, Alejandro Iaccarino y su madre fueron capturados en Buenos Aires.

"Entraron siete personas armadas al garaje del edificio donde vivíamos y nos llevaron", contó el empresario a IPS. Los padres fueron liberados en unos días, pero los tres hermanos estuvieron detenidos 22 meses en 14 centros de detención diferentes.

Al principio les informaron que estaban "a disposición del PEN" (Poder Ejecutivo Nacional), una figura que daba cierta legalidad a los prisioneros del régimen. Pero, para el traspaso de bienes los pasaron a la clandestinidad, explicó su abogada.

"Es un caso increíble, doblemente grave, porque a partir de enero de 1977, con el vil objetivo de quitarles los bienes, los trasladaron a un centro clandestino de detención, la Brigada de Lanús, en la provincia de Buenos Aires", relató.

En el trámite intervino un juez, su secretaria, y una escribana que fueron al centro de detención para realizar el poder que permitiera al padre ceder los bienes, a cambio, según le prometieron, de la libertad de sus hijos.

Los Iaccarino pidieron a la escribana que tomase nota de la dirección de la Brigada de Lanús y así se hizo. Gracias a ello, está documentado que ellos firmaron ese poder ante una escribana bajo secuestro.

"El daño físico, moral y patrimonial que nos infligieron es inestimable", recordó Alejandro Iaccarino.

"Teníamos siete empresas que funcionaban perfectamente, los balances lo acreditan. Habíamos logrado introducir tecnología y fortalecer toda la industria láctea de seis provincias del noroeste", destacó.

La persecución había comenzado sutilmente antes de los secuestros, cuando advirtieron que el estatal Banco Provincia, intervenido por la dictadura, comenzaba a cortarles el crédito para forzarlos a vender campos a precio vil.

"El gerente del banco, que nos conocía, nos decía que estábamos en una lista negra. Después supimos que teníamos siete personas dentro de nuestras empresas haciendo inteligencia para la dictadura", reveló.

También descubrieron que uno de los que intentó comprarles un terreno agrícola era sobrino del ministro del ministro del Trabajo (1979-1981) y ministro del Interior (1982-1983) durante dos gobiernos militares de la dictadura.

Pero la verdadera pesadilla se inició con los secuestros. "Yo estuve tres veces al borde de la muerte. Me encapuchaban y me llevaban desnudo a una camilla, me ataban de las muñecas y los tobillos y me torturaban con picana eléctrica", contó.

Una vez cedidos los bienes, los testaferros tomaron créditos millonarios con bancos amigos y no los cancelaron. Las empresas quebraron, los bancos también, y el Banco Central remató los bienes, que fueron adquiridos por otros empresarios de buena fe.

Ahora, solo quedan dos hermanos Iaccarino, Alejandro y Carlos. Los padres murieron y el mayor de los hermanos, Rodolfo, falleció en 2009, un mes después de recibir amenazas de muerte por parte de desconocidos.

La abogada sostiene que una vez que se tenga la condena contra Bruno Trevisán y Jorge Ferranti, los policías que los secuestraron y torturaron en la Brigada de Lanús, empezará la reclamación por la reparación económica, que será este mismo año.

"Los peritos judiciales estiman que el patrimonio que les quitaron a los Iaccarino equivale hoy a unos 40 millones de dólares, y lo vamos a exigir", anticipó la letrada. La intención de sus clientes, explicó, es mostrar en el juicio "todo el circuito creado con el fin de avanzar en una política económica de depredación"./IPS/mim

9.3.12

Sacolinhas: Coisas que a mídia não fala.

Conar suspende campanha da APAS que prega o banimento de sacolas plásticas


A campanha publicitária da Apas sobre as sacolas plásticas foi suspensa por unanimidade de votos, em reunião da 1ª Câmara, por estar fora dos padrões legais da normatização do Conselho.

O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR) decidiu por unanimidade, no dia 1º de março, pela suspensão da campanha Vamos tirar o planeta do sufoco, veiculada em jornais, revistas, internet, outdoor e materiais promocionais e ações internas nos supermercados, com objetivo de mostrar as sacolas plásticas como vilãs do meio ambiente. A campanha é uma iniciativa da Associação paulista de Supermercados (Apas) e do Governo do Estado de São Paulo.

A campanha publicitária da Apas sobre as sacolinhas foi suspensa por unanimidade de votos, em reunião da 1ª Câmara, por estar fora dos padrões legais da normatização do Conselho, especialmente no aspecto que zela pela sustentabilidade, pelas questões socioambientais e pelo direito do consumidor.

A decisão está publicada no site da entidade: www.conar.org.br

Saiba mais no www.blogdojoaogabriel.blogspot.com

Com lançamento de ousado empreendimento turístico Cuba chama investidores internacionais

Dentro das reformas econômicas que vem acontecendo em Cuba, é lançado o Punta Colorada Cuba Golf Marina que será um complexo com hotéis, resorts, marinas, campos de golfe e tem objetivo de aumentar o fluxo turístico à Ilha e garantir a entrada de capital internacional. Vejam o vídeo do lançamento do empreendimento:

Lídia Possas: luta feminista é espaço para uma nova democracia

por André Carvalho via Sul 21

Antônio Milena/ABr
"Não há uma guerra entre os sexos, mas sim uma guerra contra as resistências da sociedade como um todo", diz historiadora da Unesp | Foto: Antônio Milena/ABr
Doutora e coordenadora do grupo de pesquisas LIEG (Laboratório de Interdisciplinar de Estudos de Gênero) da Universidade Estadual de São Paulo (UNESP), em Marília, a historiadora Lídia Maria Vianna Possas afirma que a luta feminista alcançou um estágio de pluralidade na América Latina. Com o qual, aparentemente, ainda enfrentamos dificuldades em lidar. “A gente não pode falar hoje em movimento feminista, a gente fala hoje em movimentos feministas, porque você vai ter colorido e nuances muito diversificados na América Latina”, afirma. “Democracia não é plasmar em uma homogeneidade. Hoje nós vivemos um momento muito rico, com a presença do que chamamos de polifonias femininas”, acrescenta a historiadora.
Em entrevista ao Sul21, concedida durante as atividades do Seminário Internacional Mulheres e a Segurança Pública, em Porto Alegre, Lídia Possas falou, a partir de uma perspectiva histórica, sobre a luta das mulheres sul-americanas por igualdade, em um processo que respeite a heterogeneidade das demandas feministas. “Ainda são visíveis as dificuldades que as mulheres têm para alçar postos políticos, lugares de poder”, diz a historiadora. “Não há uma guerra entre os sexos, mas sim uma guerra contra as resistências da sociedade como um todo”.
Sul21 – Quando teve início a luta das mulheres sul-americanas pela igualdade de direitos?
Lidia Possas - Todas as nossas lutas políticas, enquanto feministas, sempre tiveram como referência a Europa. Sempre foi um modelo branco europeu ou branco estadunidense. Mulheres de classe média. Eu observo que no final do século XX, com a redemocratização da América Latina, com o processo de consolidação da democracia e o fim da guerra fria, a democracia e a igualdade passaram a ser principios. Mas não uma igualdade a partir de um modelo que seria a igualdade da revolução francesa: uma igualdade diferenciada, uma igualdade que respeitasse as multiplicidades. Entretanto, dentro dos movimentos feministas, que é de natureza política, houve uma implosão, porque a direção do movimento de feministas era composta por mulheres, geralmente intelectualizadas e de esquerda. Elas tinham como princípios a luta contra o capitalismo e a luta contra as ditaduras militares. Só que passada a ditadura, estas feministas perceberam que havia outros movimentos de mulheres que não eram intelectuais nem de esquerda. E que levantavam outras bandeiras: elas queriam creches, elas queriam condições, elas queriam combate a inflação, pois nós saímos da ditadura com uma inflação altíssima.
Sul21 – Quais são as consequências dessa implosão para os dias de hoje?
Lidia Possas – Hoje, os movimentos de mulheres são diferentes, com demandas bem diversificadas. Há o movimento de mulheres e o movimento de feministas. O movimento de mulheres atende os anseios de suas comunidades e, é claro, as feministas tiveram que incorporar isso como lutas e bandeiras feministas. A gente não pode falar hoje em movimento feminista, a gente fala hoje em movimentos feministas, porque você vai ter colorido e nuances muito diversificados na América Latina. Hoje nós vivemos um momento, uma conjuntura muito rica, da presença dessa multiplicidade, daquilo que chamamos de “polifonias femininas”, quer dizer, as várias vozes das mulheres. E a gente tem uma dificuldade de viver com a heterogeneidade. Uma democracia não é plasmar em uma homogeneidade, pelo contrário. Mas muitas vezes as pessoas acreditam que sim, dizendo que a voz da maioria é a voz de todos. E pelo menos na luta feminista, nós estamos exercitando uma nova democracia, ou uma prática democrática que não estava na Revolução Francesa. Porque lá eles vêm de uma sociedade aristocrática, de bens de nascimento, baseada na individualidade da pessoa, na propriedade privada, onde todo mundo é igual perante a lei. Isso foi um grande engodo, porque quem era igual perante a lei?
Su21 – A lei da igualdade era diferente para os dois sexos…
Lidia Possas – A Revolução Francesa foi um grande retrocesso para as mulheres. Elas lutaram na revolução e voltaram pra casa, porque o ideal republicano instalado era de que elas se tornassem mães, produzissem cidadãos para a república. Então a maternidade foi exacerbada. E nós estamos hoje lidando com isso. E pra lidar com isso, você tem que partir de um pensamento, de um raciocínio que atue de uma maneira mais conciliatória. As pessoas têm que saber respeitar o novo, não podem ser resistentes. A realidade tem que ser observada com olhares afinados em ver a diversidade.
Antônio Milena/ABr
"As mulheres conquistaram seus postos legalmente, ou por concurso, ou por mérito, mas o que elas mais sentem? A dúvida sobre a sua competência" | Foto: Antônio Milena/ABr
Sul21 – Apesar de não existir uma homogeneidade nos movimentos feministas, podemos dizer que as mulheres têm alguma demanda em comum?
Lídia Possas - O que as mulheres mais retomam quando questionadas são as resistências por parte dos homens, especialmente as relacionadas ao trabalho. Elas conquistaram seus postos legalmente, ou por concurso, ou por mérito, mas o que elas mais sentem? A dúvida sobre a sua competência, quanto a sua fragilidade. Nos partidos políticos, por exemplo. Existem as cotas para mulheres, mas elas não são preenchidas devido às resistências. Dinheiro de campanha geralmente nunca vai de maneira equânime para todos. As mulheres que desejam participar da vida política sempre enfrentam restrições. Quer dizer, vieram as cotas, mas não veio essa mudança de atitude. É aí que entra a necessidade das lutas das mulheres, uma mudança de comportamento, de valores, que uma simples lei não transmite. Então, é preciso começar pela presença, pelo debate, pela educação.
Sul21 – Mas não há um confronto a respeito das mulheres quando elas conquistam lugares no poder? Quero dizer, quando se está na oposição o pensamento é um, quando se é situação o pensamento muda. Como isso afeta as demandas feministas?
Lidia Possas: Na verdade, a presença no governo é que dá o tom da discussão: “devemos ou não ter autonomia frente ao Estado?”, “Incorporar-se ao Estado não é ser tutelado?”, “Como manter nossa autonomia, nossas bandeiras sem cooptação pelo Estado?”. Esse é o momento da diversidade. Como manter nossa identidade, nosso perfil de luta e ao mesmo tempo como transitar na área institucional? Você pode ver, grande parte das nossas feministas estão na secretaria de políticas públicas. E como é que fica estar lá? Há discordância? Há divergência? Claro que há, mas há um principio legitimador que tem que estar lá, que tem que estar aceitando, mediando estas lutas. Ou seja, ainda são visíveis as dificuldades que as mulheres têm para alçar postos políticos, lugares de poder. Estes espaços são muito restritos. Não há uma guerra entre os sexos, eu já superei essa fase, mas sim uma guerra contra as resistências da sociedade como um todo.
UNESP / Divulgação
Lídia Possas: "Reforçar essa ideia de “natureza feminina” é uma faca de dois gumes. Se ela mostra que somos diferentes, ela acaba dizendo que essa diferença precisa de proteção" | Foto: UNESP / Divulgação
Sul21 – E nos locais menos conservadores, como se encontra esse processo?
Lidia Possas – Eu trabalho numa universidade, e não pense que na universidade o ambiente não é hostil. Hoje já não é mais tanto, mas quando eu entrei, há 18 anos, eu já estudava as questões de gênero de mulheres e o meu tema acadêmico de pesquisa era considerado de segunda categoria. No CNPq, você não conseguiria ter produtividade, que é o que todo o professor universitário almeja, com um projeto de segunda categoria. A área que eu trabalho é de relações internacionais, e eu tenho projetos elaborados pelos meus orientandos que são enviados para a FAPESP (Fundação de Amparo a Pesquisa no Estado de São Paulo). Houve um caso de um dos primeiros projetos que eu encaminhei, mostrando a questão das relações internacionais trabalhando com as questões de gênero. O projeto voltou porque eu não tinha, segundo o parecerista – e ele foi muito infeliz em seu parecer –, uma produção acadêmica na área das relações internacionais. E eu disse: “Eu não tenho mesmo, eu sou uma historiadora”. Nessa luta de pareceres eu e a minha orientanda ganhamos. Mas foi preciso provar pra essa comissão científica que o tema era relevante. E cada vez que você adentra nesse espaço, há uma luta, uma disputa de poder, como se eu devesse ficar quieta no meu lugar.
Sul21 – E estas pesquisas acadêmicas, como elas estão se dando?
Lidia Possas – As pesquisas estão evidenciando, estão dando maior visibilidade a esse silêncio das mulheres. Elas buscam ramificar a “história oficial”. Quer dizer, por que a historia oficial republicana não contemplou as mulheres como cidadãs? A cidadania civil só foi surgir em 1933, por um decreto de Vargas, mas efetivamente ela só foi ocorrer em 1946, depois do Estado Novo. Mas essas lutas surdas das mulheres existiram em vários estados. E nós desconhecemos as historias regionais. A gente tem uma ideia de uma historia nacional, que inclusive foi um principio de criar uma nacionalidade. No século XIX quando você tinha que criar o país, não era só criar o país, tinha que criar a nação. A nação tinha que ter uma historia, tinha que ter heróis nacionais, uma historia nacional. E isso encobriu essas especificidades regionais, que hoje, com as universidades – e o “hoje” que eu estou falando é a partir dos anos 1930 –, e a institucionalização da Pós-graduação estão começando a surgir. Aí a pesquisa passou a ser o fulcro básico da academia. E isso levou a essa diversidade de pesquisas, e é sobre isso que eu trabalho. Eu tenho um laboratório na UNESP, em Marília (SP). O laboratório se chama LIEG (Laboratório Interdisciplinar de Estudos de Gênero), porque não dá pra estudar gênero só numa área, você tem que veicular essa categoria, porque ela passa a ser uma ideia que oxigena pensamentos de outras áreas, como nas Relações Internacionais. Para se ter uma ideia, a categoria de gênero só adentrou as relações internacionais em 2002. Você via mulheres de diplomatas, mas não via elas exercendo cargos da diplomacia. O mesmo vale para o Judiciário, que é um poder altamente conservador.
Sul21 – Você disse anteriormente que já superou a guerra entre os sexos, mas muitas mulheres ainda acreditam nela…
Lidia Possas – De fato, e a prova esta nesse seminário (Seminário Internacional – Mulheres e a Segurança Pública, em Porto Alegre). O lema desse seminário é o momento da mulher é agora, e eu discordo, porque eu acho que o momento sempre foi da mulher. E a partir disso eu lanço a pergunta: por que um seminário sobre mulher e segurança pública? Vamos mais a fundo. Por que temos que criar um seminário de mulheres e segurança pública? Não era para ser necessário, não é? Se nós tivéssemos direitos plenos… Desde a fundação da República, que nós tivemos praticamente uma influência das ideias iluministas da Revolução Francesa, por que nós mulheres não somos consideradas cidadãs ainda, sob alguns aspectos? E temos que fazer um seminário sobre mulheres e segurança pública? Então a inferioridade está posta aqui, na capa do convite do seminário. Você tem que fazer inúmeros seminários para mostrar e obrigar homens e mulheres a falarem sobre o tema, porque a coisa é muito silenciada, é muito velada.
Antônio Milena/ABr
Ideia de que existe uma "natureza feminina" serve para colocar mulheres em posição de "cidadãs passivas", afirma coordenadora do LIEG | Foto: Antônio Milena/ABr
Sul21 – Alguns diriam que isso vem da própria natureza feminina…
Lidia Possas – O que mais incomoda hoje, e é isso que precisamos parar para refletir, é esse olhar antropológico, que parece dizer que a mulher já nasce com uma natureza. Essa tal da natureza feminina que me incomoda. Existe uma natureza feminina, uma natureza masculina, uma natureza negra, uma natureza indígena, mas a natureza da mulher foi tão construída fora dela que a exclui. A exclui porque ela é frágil, porque ela procria. Mas quantas mulheres deixaram de procriar, na historia da humanidade, e foram a luta? Vamos pegar no paleolítico, no neolítico. As mulheres também caçavam, também guerreavam. Se você pegar as espartanas, na própria historia da Grécia as mulheres lutavam. Não era a maternidade que as impedia. Mas interessou à República criar esta “natureza feminina” que as impedia de ascenderem, ou seja, delimita poder. Por isso que a gente acha que não é a natureza, é a cultura. Há uma briga entre a cultura e a natureza, é uma construção cultural que faz com que se reforce essa ideia da natureza feminina. Tem muita mulher que não tem essa “natureza feminina”. Ela chega e diz: “eu não quero ser mãe”. É um direito dela. E como você explica isso? E tem muitas mulheres hoje, por questões de profissão, por opções próprias e individuais, que não querem assumir a maternidade. Reforçar essa ideia que me preocupa um pouco, dessa “natureza feminina”, que diz que a mulher é mais sensível, é uma faca de dois gumes na minha opinião. Porque ela é um paradoxo. Se ela mostra que somos diferentes, ela acaba dizendo que essa diferença precisa de proteção. Precisa de cuidados diferentes do que os homens. E não coloca as mulheres como cidadãs plenas e sim como cidadãs passivas.
Sul21 – E desde quando isso se manifesta?
Lidia Possas – Isso vem desde a Revolução Francesa. O Estado queria cuidar da mulher, do corpo dela. Por quê?  Pela grande questão de hoje, que é a questão do aborto. A sociedade diz que o corpo da mulher não é dela, então é crime abortar. Tanto pra ela, quanto pro médico. E isso deveria ser uma decisão pessoal. Se o homem quer fazer uma circuncisão, o estado não interfere. Não se trata de estabelecer uma luta de poder dicotômica, do tipo “o homem pode, a mulher não pode”. Quero pensar a cidadania, a participação cidadã. Como as pessoas desconhecem essa historicidade, então acabam achando que isso é natural. E é agora, em pleno século XXI, com essas luzes sendo pontuadas em diversas partes do nosso país e da América Latina, principalmente depois da ditadura militar, que essas questões estão sendo pesquisadas e ganhando visibilidade.

8.3.12

Frei Betto: O Papa em Cuba

por Frei Betto via ADITAL

Frei Betto

Para desgosto e fracasso das pressões diplomáticas da Casa Branca, o papa Bento XVI chega a Cuba dia 26 de março. Fica três dias na Ilha, após entrar na América Latina pelo México. A 28 de março, celebra missa na Praça da Revolução, em Havana.

Bento XVI celebrará, em Santiago de Cuba – histórica cidade do Quartel Moncada, onde Fidel iniciou sua luta revolucionária, em 1953 – os 400 anos da aparição da Virgem da Caridade do Cobre.

Em 1998, logo após o papa João Paulo II encerrar sua visita a Cuba, participei de almoço oferecido por Fidel a um grupo de teólogos. Em certo momento, um teólogo italiano manifestou, do alto de seu esquerdismo, indignação pelo fato de o pontífice haver presenteado a Virgem da Caridade com uma coroa de ouro.

Fidel não escondeu seu desconforto. E reagiu: "A Virgem do Cobre não é apenas padroeira dos católicos de Cuba. É padroeira da nação cubana.” E passou a relatar como sua mãe, Lina Ruz, católica devota, fez ele e Raúl prometerem que, se saíssem vivos de Sierra Maestra, haveriam de depositar suas armas junto ao santuário, para pagar a promessa que ela fizera. Em 1983, ao visitar o santuário pela primeira vez, vi ali as armas.

Por essas "cristoincidências” que só a fé explica e as pesquisas elucidam, a Virgem da Caridade e Nossa Senhora Aparecida têm tanto em comum quanto Cuba e Brasil. Como disse Inácio de Loyola Brandão, "Cuba é uma Bahia que deu certo”. As duas imagens foram encontradas durante a colonização: lá, em 1612, a espanhola; aqui, em 1717, a portuguesa. As duas, na água. As duas achadas por três pescadores. Lá, no mar; aqui, no rio Paraíba. As duas são negras.
O papa chega a Cuba no momento em que o país passa por mudanças substanciais, sem, no entanto, abandonar seu projeto socialista. Há um processo progressivo de desestatização, abertura à iniciativa privada, e mais de 2 mil prisioneiros foram soltos nos últimos meses.

Hoje, as relações entre governo e Igreja Católica podem ser qualificadas de excelentes. Já não há na Ilha resquícios do clero de origem espanhola e formação franquista, que tanto incrementou o anticomunismo nos primeiros anos da Revolução, quando um padre promoveu a criminosa Operação Peter Pan: convenceu os pais de 14 mil crianças de que haveriam de perder o pátrio poder e que seus filhos passariam às mãos do Estado... Carregou as crianças para Miami, sem pais e mães, e o resultado, como se pode imaginar, foi catastrófico. A Revolução não foi derrotada pela invasão da Baía dos Porcos, patrocinada pelo governo Kennedy, e nem todas as crianças escaparam de um futuro de delinquência, drogas e outros transtornos. Milhares jamais foram localizadas depois pelas famílias.

Tanto o Vaticano quanto os bispos cubanos são contrários ao bloqueio que os EUA impõem à Ilha. Pode-se discordar de muitos aspectos do socialismo daquele país, mas ninguém jamais viu a foto de uma criança cubana jogada na rua, famílias morando debaixo da ponte e máfias de drogas. Em Havana, um outdoor exibe um menino sorridente com esta frase abaixo da foto: "Esta noite 200 milhões de crianças dormirão nas ruas do mundo. Nenhuma delas é cubana”.
Cuba tem muitos defeitos, mas não o de negar a 11 milhões de habitantes os direitos humanos fundamentais: alimentação, saúde, educação, moradia, trabalho e arte (vide o cinema e o Buena Vista Social Club). O que mereceu elogios de João Paulo II durante sua visita de sete dias – uma das mais longas de seu pontificado.

Hoje, Cuba recebe, proporcionalmente, mais turistas que o Brasil. O que é uma vergonha para nosso país de dimensões continentais e com tantos atrativos. A diferença é que Cuba promove não apenas turismo de lazer (suas praias são paradisíacas), mas também turismo científico, cultural, artístico e desportivo.
A Revolução Cubana resiste há 54 anos, malgrado os atos terroristas contra aquele país, descritos em detalhes no best-seller de Fernando Morais, Os últimos cinco soldados da guerra fria (Companhia das Letras, 2011). E o fato de suportar, no seu litoral, a base estadunidense em Guantánamo, que lhe rouba parte do território, para utilizá-lo como cárcere de supostos terroristas sequestrados mundo afora.

Quem sabe a resistência cubana seja mais um milagre da Virgem da Caridade...
[Frei Betto é escritor, autor de "Sinfonia Universal – a cosmovisão de Teilhard de Chardin” (Vozes), entre outros livros. http://www.freibetto.org/> twitter:@freibetto.

7.3.12

55ª CARAVANA DA ANISTIA HOMENAGEM AO DIA INTERNACIONAL DA MULHER






Realização:
Comissão de Anistia do Ministério da Justiça

Parceiros:
Cinemateca Brasileira
Núcleo de Preservação da Memória Política
Fórum dos Ex Presos e Perseguidos Políticos
Comitê das Mulheres Pela Verdade
Associação Mulheres Pela Paz
Grupo Tortura Nunca Mais/SP
Associação da Madre Cristina do Instituto Sedes Sapientiae
União Brasileira das Mulheres
Memorial da Resistência
Mães de Maio de São Paulo
Arquivo Público do Estado de São Paulo


Data: 08 e 09 de março de 2012
         São Paulo - SP
Local: Cinemateca Brasileira
Endereço: Largo Senador Raul Cardoso, 207 - Vila Clementino - São Paulo.
PROGRAMAÇÃO
08 de março de 2012
19H00 – ATO DE HOMENAGEM AO DIA INTERNACIONAL DA MULHER
PRÉ LANÇAMENTO DOCUMENTÁRIO ‘REPARE BEM’, projeto Marcas da Memória do Ministério da Justiça, sob direção da portuguesa Maria de Medeiros.
MESA DE AUTORIDADES:
Ana de Hollanda - MINISTRA DA CULTURA DO BRASIL
Paulo Abrão - PRESIDENTE DA COMISSÃO DE ANISTIA E SECRETÁRIO NACIONAL DE JUSTIÇA DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
Carlo Magalhães - DIRETOR DA CINEMATECA
·         ATO DE ASSINATURA DE TERMO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA COM A CINEMATECA
·         EXIBIÇÃO DO DOCUMENÁRIO “REPARE BEM”
·         HOMENAGEM A EDUARDA E DENISE CRISPIM
·         HOMENAGEM A ZUZU ANGEL
·         CINE – DEBATE
Debatedoras:           Maria de Medeiros (Portugal)
                                   Denise Crispim (Itália-Brasil)
                                   Hildegard Angel (Brasil)
PROGRAMAÇÃO
09 de março de 2012
19H00 – ATO PÚBLICO EM HOMENAGEM AO DIA INTERNACIONAL DA MULHER
·         MESA DE AUTORIDADES
Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo
Presidente da Comissão de Anistia Paulo Abrão
Cinemateca Brasileira
Núcleo de Preservação da Memória Política
Fórum dos Ex Presos e Perseguidos Políticos
Comitê das Mulheres Pela Verdade
Associação Mulheres Pela Paz
Grupo Tortura Nunca Mais/SP
Associação da Madre Cristina do Instituto Sedes Sapientiae
União Brasileira das Mulheres
Memorial da Resistência
Mães de Maio de São Paulo
Arquivo Público do Estado de São Paulo
·         EXIBIÇÃO DO DOCUMENTÁRIO “VOU CONTAR PARA MEUS FILHOS” do Projeto Marcas da Memória em parceira com o Grupo Tortura Nunca Mais/PE sobre as 24 ex-presas da Colônia Penal de Pernambuco
·         HOMENAGEM A MULHERES QUE TIVERAM IMPORTANTE PAPEL NA REDEMOCRATIZAÇÃO DO PAÍS:
Encarnacion Lopez Peres
Maria Auxiliadora Arantes
Marina Vieira da Paz
Joana D´Arc Vieira Neto
Clara Charf
Adoração Sanchez
Consuelo de Toledo Silva
Damáris Lucena
Izaura Coqueiro
Josephina Bacariça
Maria Prestes
In Memorian:
Maria Lúcia Petit 
Elza Monerat 
Maria Emília Guerra
19H30 – INSTALAÇÂO DA SESSÃO DE JULGAMENTO DE MULHERES PERSEGUIDAS POLÍTICAS
Requerente
1
67159
Maria Niedja de Oliveira
2
66315
Maria Nadja Leite de Oliveira
3
61198
Maria Angélica Santos Bacellar
4
41345
Gilda Fioravanti da Silva
5
63288
Ida Schrage
6
63168
Hilda Alencar Gil
7
 66457
Darci Toshiko Miyaki
Paulo Abrão
Presidente da Comissão de Anistia
Ministério da Justiça