15.8.12

Organizações marcham contra Franco no primeiro dia de Fórum Social paraguaio

via operamundi
O evento realizado pela “Paraguai Resiste” quer debater a atualidade política, econômica e social do país


Manifestantes em Assunção protestam contra o impeachment do ex-presidente Fernando Lugo
Centenas de paraguaios marcharam nesta terça-feira (14/08), em Assunção, capital do país, contra o governo de Federico Franco. Os manifestantes, membros de diversas organizações sociais, percorreram as ruas da cidade com bandeiras e cartazes críticos aos rumos adotados pela administração do ex-vice de Fernando Lugo, destituído há um mês e meio.

As mensagens contra Franco, cantadas e mostrada dos cartazes, mencionavam rejeição ao golpe parlamentar contra Lugo, ao uso de sementes transgênicas de algodão e milho transgênico pelo agronegócio e à falta de soberania alimentar, democracia e participação popular. “Fora Rio Tínto” foi um dos gritos, em referência ao projeto governista de instalação da multinacional mineira em território paraguaio.

Luciana Taddeo/Opera Mundi
[Pichação em muro na capital paraguaia: "Para que serviu meu voto?"]

A manifestação era um dos eventos previstos no Fórum Social, realizado nestas terça e quarta-feira (14 e 15/08) pela organização “Paraguai Resiste”, criada após o impeachment de Lugo. Anunciado como apartidário, o evento visa o debate sobre a atualidade política, econômica e social do país, entre estudantes, camponeses, indígenas e ativistas.

[Pichação em muro na capital paraguaia: "Para que serviu meu voto?"]

Realizadas sob tendas na Praça de Armas, em frente ao Congresso, as mesas de discussão abordam assuntos como soberania energética e alimentar, reforma agrária, inclusão, direitos humanos, criminalização de movimentos sociais, políticas públicas de migração, questões de gênero, democratização do acesso à informação e concentração de veículos de comunicação por grupos de poder.

Ao confirmar a realização do evento, David Cardozo, um dos organizadores, afirmou que o espaço servirá para definir as linhas da luta e o modelo de país desejado pelas organizações sociais. A presença de Lugo não foi confirmada, mas organizadores consultados pelo Opera Mundi preveem a realização de um ato final no qual entreguem ao ex-presidente uma ata com as conclusões nascidas dos debates.

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