26.6.11

Angola quer assumir-se como motor do desenvolvimento de África


A ministra do Comércio, Maria Idalina Valente, afirmou hoje, em Luanda, que Angola pretende ser um dos motores impulsionadores do processo de desenvolvimento do continente africano, através do estabelecimento de relações, tanto económicas, tanto institucionais com outros países africanos.

“Acreditamos que Angola, sendo um país com uma visão internacionalista do seu papel em África, particularmente nas sub-regiões Centro e Sul africanas, possui um enorme potencial económico ainda por engrandecer e pretendemos ser um dos motores impulsionadores do processo de desenvolvimento do continente Africano” – disse.

Ministra Maria Idalina Valente
Idalina Valente, que discursava na abertura da “Jornada Económica e Comercial Marrocos – Angola”, promovida pela Câmara do Comércio e Indústria de Angola (CCIA), afirmou estarem já lançadas as bases para o projecto de internacionalização da economia angolana, e que Marrocos irá contribuir para o seu alcance.

“Assim, vamos tudo fazer para continuar a ser uma âncora de estabilidade política da região, e a trabalhar arduamente para ser um pólo de desenvolvimento de referência, oferecendo condições de investimento favoráveis, com o objectivo de ser a porta principal para a consolidação do processo regional em curso”, acrescentou.

Referiu, entretanto, que a estabilidade política alcançada tem permitido ao Governo reunir as condições necessárias para atrair o investimento estrangeiro, e continua empenhado na adopção de políticas e procedimentos que concedem um maior grau de eficiência à economia nacional.

Neste particular, manifestou o apreço de Angola pelo interesse demonstrado pelo Reino de Marrocos, representado (no simpósio) por ilustres personalidades do seu Governo e empresários de diversos ramos económicos, por traduzir de forma inequívoca a vontade de trabalhar de forma afincada com os angolanos.

Contudo, disse observar que a relação comercial entre Angola e o Reino de Marrocos tem-se mantido em níveis muito discretos, muito aquém do potencial dos dois países, dos laços históricos de amizade que os unem e dos variados pontos em que os interesses de ambas as economias convergem.

Avançou ser necessário, então, empreender-se esforços internos no sentido de remover os obstáculos que impedem o desenvolvimento de projectos comuns ajustando-os às necessidades e compromissos dos dois países, tanto a nível regional como internacional.

“No entanto, na minha óptica, embora o processo de aproximação bilateral seja bem-vindo, julgo que deve ser focado numa lógica de parceria mais estreita que a puramente comercial” – opinou, destacando o dinâmico sector do Comércio e Serviços do Reino de Marrocos, por ter um grande peso na sua economia, representando cerca de 50% do PIB.

Por esse motivo, vaticina que a vinda da missão empresarial dos Marrocos servirá como base sólida para o fomento de uma maior interacção entre o sector empresarial angolano e o sector empresarial marroquino com a instituição de parcerias duráveis, baseadas no respeito e interesse mútuo das prioridades de desenvolvimento das duas economias.

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